Leigos Missionários Combonianos

Piquiá

LMC BrasilFui visitar uma mina a céu aberto, a maior mina do mundo de extração de ferro situada na serra de Carajás. Quando cheguei fiquei impressionada com a sua grandeza, coloquei um olhar técnico sobre aquela exploração e pensei: em tempos daria tudo para trabalhar num local como este… Depois olhei a realidade daquele espaço e senti uma dor muito grande, lembrei-me de todos aqueles que são afetados pelos impactos por ela provocados ao longo de centenas de quilômetros. Não foi por acaso que viajamos uma noite inteira para visitar esta mina, é que entre a Serra de Carajás e o Porto de São Luís está o Piquiá.

E no Piquiá, missão onde nos encontramos, sentimos bem de perto os impactos sócio-ambientais por ela causados. O material extraído nesse local é transportado de trem para o Piquiá para ser trabalhado nas várias siderúrgicas aqui instaladas e depois encaminhado novamente de trem para o porto de São Luís de onde sai para diferentes destinos do mundo.

Piquiá é um bairro da periferia de Açailândia, MA, e divide-se em Piquiá de Cima, onde nós vivemos, e Piquiá de Baixo, onde as siderúrgicas estão instaladas nos quintais das casas.

LMC Brasil

Os habitantes de Piquiá de Baixo sofrem diariamente com a poluição proveniente destas indústrias. Com a chegada do verão a poluição está a aumentar e todos os dias é possível ver nuvens negras a sair das chaminés sem qualquer tipo de controle de emissões e sem qualquer tipo de fiscalização por parte do governo. É impressionante a quantidade de pó de ferro que anda no ar, e o incômodo que provoca no nosso bem estar e saúde. Nas visitas que fiz às famílias de Piquiá de Baixo, não pude ficar indiferente às histórias de vida e sofrimento vividas por esta comunidade devido à poluição e ao impacto ambiental destrutivo provocado neste que era um pequeno paraíso.

Ao longo dos anos as lutas têm sido muitas, a população juntou-se para lutar pelo que é seu de direito, um ambiente saudável e limpo para viver e, pouco a pouco, tem feito as suas conquistas nesta luta contra gigantes por uma moradia digna. Neste momento já tem um terreno e um projeto para a construção de um novo bairro, o Piquiá da Conquista, distante do foco da poluição. Agora o maior entrave é a burocracia, mas a esperança continua viva…

Piquiá de Baixo, reassentamento já!

LMC Brasil

Liliana e Flávio LMC Brasil

Oração pelo Brasil

Oracion BrasilO grito dos(as) excluídos(as), é um movimento que sai às ruas no dia 7 de setembro, dia que se comemora a independência do Brasil. Este grito é uma manifestação do povo que procura mostrar que o governo não representa a vontade popular, mas pelo contrário, defende os interesses das elites. Na impossibilidade de realizar esta manifestação simbólica e não podendo ficar indiferentes a esta causa, realizamos na paróquia Santa Luzia, uma vigília de oração pelo Brasil na noite do dia 6. Foi um momento muito bonito e carregado de simbolismo, no qual unimos os nossos corações a Cristo e lembramos o sofrimento dos que são perseguidos e de todos os que veem os seus direitos negados. Pedimos por um país mais justo e uma vida mais digna. Neste momento de encontro com a comunidade e com Deus senti o meu coração em louvor, dando graças por este povo:

… que se une em oração;

… que não baixa os braços perante as adversidades;

… que não só aponta o dedo, mas também se manifesta perante governantes corruptos;

… que não perde a esperança;

… que me ensina todos os dias que parar é morrer, que sofrer é viver e que o amor é sempre possível.

Oracion BrasilFlávio e Liliana, LMC Brasil

Notícias dos LMC Liliana e Flávio – Festa da colheita em Piquiá, no Brasil

LMC PiquiaNo passado domingo 9 de Junho realizou-se a Festa da Colheita na comunidade São José do assentamento João do Vale da paróquia Santa Luzía de Piquiá (Brasil), que contou com a presença de mais de 1000 pessoas das diferentes paróquias da cidade de Açailândia e do Bispo da Diocese de Imperatriz D. Vilson Basso.

O objetivo desta grande festa, que já vai na 10ª edição, é celebrar o dom da colheita e refletir sobre a terra como local de trabalho e meio de subsistência das famílias, lembrar as suas lutas e fazerem-se um num grito que clama pela justiça no direito à terra e no respeito pela criação.

LMC Piquia

O tema deste ano foi “Agricultura familiar em defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” Gn 2: 15.
A festa iniciou com o acolhimento na quadra desportiva do assentamento e com um café da manhã especial preparado com base nos produtos retirados da terra (macaxeira (mandioca), abóbora e diversas frutas) provenientes da partilha das diferentes comunidades que se fizeram presentes. Depois, seguiu-se a celebração da eucaristia, onde o bispo D. Vilson Basso falou da importância da agricultura familiar e do dever de lutar pela terra e denunciar aqueles que a querem usurpar. Reforçou a importância de não desistir por se tratar de uma luta justa e a necessidade de todos estarem unidos. Relembrou os 10 trabalhadores rurais assassinados numa fazenda no Estado do Pará (https://www.cptnacional.org.br/index.php/publicacoes-2/destaque/3794-chacina-em-redencao-pa-deixa-pelo-menos-10-posseiros-mortos) e todos aqueles que são perseguidos e pressionados para deixarem as suas terras.

No momento do ofertório as diferentes comunidades apresentaram alguns dos seus produtos agrícolas no altar do Senhor em sinal de agradecimento e na esperança de uma relação mais respeitosa entre a humanidade e a criação.

Depois de um almoço partilhado seguiram-se várias apresentações culturais, desde teatro, danças tradicionais e brincadeiras, terminando com a entrega de uma muda de Ipê a cada comunidade e o anúncio da comunidade onde será realizada a festa da colheita no próximo ano.

LMC PiquiaLiliana Ferreira e Flávio Schmidt, LMC no Brasil

O acolhimento dos novos paradigmas e desafios da missão

Paradigma-missione

Retomando a visão do Concílio Vaticano II, o Papa Francisco elegeu o paradigma da «Igreja em saída» como programa missionário do nosso tempo. Esta retomada é significativa porque contextualizada num mundo, o hodierno, que está em forte descontinuidade com o passado. «Não vivemos numa época de mudanças, mas numa mudança de época»: com estas palavras o Papa Francisco recordou-nos que os velhos esquemas com os quais interpretávamos o mundo e a missão já não são eficazes para responder aos desafios de hoje. A nova realidade global pede uma «missão global», considerada em toda a sua complexidade e com pressupostos, estilos e instrumentos renovados relativamente à tradição do passado (EG, 33).

O esquema clássico que via as Igrejas do Norte enviar missionários para o Sul do mundo foi superado pelas transformações dos últimos decénios, com a globalização e uma mobilidade humana que atingiram níveis nunca antes vistos. Também as circunscrições combonianas reflectem esta mudança: na composição do pessoal, no enviar missionários para outras províncias, no facto que a animação missionária é um empenho presente por toda a parte e não mais um campo de serviço exclusivo das províncias do Norte do mundo.

O critério geográfico da missão já não constitui o ponto de referência principal. Permanece a ideia de fronteira, mas esta, agora, qualifica-se nas periferias humanas e existenciais. É um grande desafio para os institutos missionários, cuja maioria dos membros de hoje provavelmente aderiu ao seu instituto identificando a missão com uma particular área geográfica. Há uma ligação afectiva com a geografia e a história; a noção de «missão global» desperta um certo desconforto, o receio de ver-se «bloqueados» no norte do mundo ou na sua província de origem pela ideia que «a missão é em toda a parte», ou «também na Europa». Na realidade, esta preocupação – compreensível e justificada – reflecte ainda o esquema geográfico, que é aquele que dizíamos superado. Como pensar, então, de  modo alternativo, mais correspondente à realidade de hoje?

O Papa Francisco convida-nos a partir das fronteiras, as «periferias que precisam da luz do Evangelho» (EG, 20). Estas não são simplesmente um dado geográfico, mas o resultado de um sistema económico-financeiro que gera exclusão, da cultura do descartável que produz empobrecimento e violência. Levar a luz do Evangelho a estas periferias requer antes de mais inserção, isto é:

  • uma presença radicada no território;
  • um envolvimento na vida quotidiana da gente;
  • uma solidariedade no seu sofrimento e instâncias;
  • um acompanhar esta humanidade ao longo de todos os seus processos, por muito duros e prolongados que possam ser.

Aqui está a chave da aproximação ministerial: este acompanhamento não é genérico, não é uma pastoral ordinária levada às periferias. No Capítulo Geral de 2015, sobressaiu que estamos presentes, inseridos em algumas periferias muito significativas para o nosso carisma, como por exemplo entre os afrodescendentes e os povos indígenas na América Latina, ou entre os povos pastoris e os residentes dos bairros de lata na África. Mas, frequentemente, não há uma pastoral específica que tenha em conta a particularidade do contexto, das situações, da cultura local, da unicidade daquele povo. Uma pastoral que, na complexidade do mundo de hoje, exige a articulação de diversos ministérios e um evangelizar como comunidade. Comunidades apostólicas que não só colaboram identificando e partilhando os próprios dons, mas também que testemunham o Reino vivendo a fraternidade e a comunhão na diversidade.

Todos estes elementos não são «novos»; tomados em si mesmos podem estar já presentes em várias experiências do Instituto e já se falou disso em diversos Capítulos. Mas somos chamados a assumi–los numa nova perspectiva, ou paradigma, ou seja um ponto de vista sobre a missão que reorganize todos os seus aspectos fundamentais. A imagem da «Igreja em saída» é um quadro que sugere uma ideia de missão e uma metodologia pastoral (tomar a iniciativa, envolver-se, acompanhar, frutificar, festejar, EG, 24). É paradigmática, porque pede também que outras dimensões fundamentais, como a formação e a organização do Instituto a vários níveis, se tornem coerentes e dirigidas a esta missão.

A este ponto, como podemos acolher na prática este paradigma e quais desafios temos de enfrentar? O Capítulo sugere-nos começar pela missão, partindo da identificação das prioridades continentais, partilhadas por mais circunscrições e vividas numa mais ampla colaboração, a nível interprovincial ou continental. No contexto de tais prioridades, somos chamados a desenvolver pastorais específicas como a requalificação da nossa presença e serviço missionário. Mantendo assente este ponto central, teremos um ponto de referência para repensar também a formação e a reorganização do Instituto.

  1. Desenvolver pastorais específicas

Desenvolver uma pastoral específica é uma tarefa eclesial, não se pode fazê-la sozinhos. Requer diálogo, participação, colaboração, multiplicidade de competências e experiências. Sobretudo, é preciso um método que permita valorizar todos os contributos, acolher experiências e perspectivas diversas, e criar comunhão na diversidade. Uma pastoral específica é assumida quando, não obstante as variedades de pontos de vista, perspectivas teológicas, sensibilidades e ministérios, todos possam reconhecer-se sem ter de anular o seu sentido de identidade. É um ponto de fundamental importância, especialmente num Instituto que está a crescer em internacionalidade e que começa a viver o desafio da interculturalidade.

Tudo isto é possível partindo da partilha das experiências mais transformadoras em relação à pastoral específica tomada em consideração, com uma aproximação de «inquérito elogioso» (Appreciative Inquiry). A reflexão comum sobre tais experiências regeneradoras faz surgir novas intuições e compreensões daquilo que torna um ministério frutuoso naquele contexto.

Para melhor compreender o porquê da eficácia e para aprofundar as dinâmicas, estas experiências devem ser depois confrontadas com uma análise sociocultural dos contextos da pastoral específica, para captar o quadro de conjunto, as dinâmicas e as tendências.

Da mesma forma, uma reflexão teológica e ministerial específica sobre essa realidade ajuda-nos a concentrar os nossos ministérios de forma mais precisa e a identificar as ferramentas operacionais mais apropriadas.

O próximo passo é o discernimento de alguns princípios que nos podem guiar nesse contexto pastoral específico. Precisamente,  enquanto linhas orientadoras, estes não dão soluções prefabricadas, mas deixam espeço para adaptar-se às situações particulares e para a criatividade. Sobre esta base será possível construir um caminho de comunhão onde experimentar, pesquisar, aprender, partilhar, trocar experiências e pessoal, documentar descobertas e resultados, e assim por diante em ciclos sucessivos de acção-reflexão (Action Learning).

  1. A reorganização

Para conseguir desenvolver e sustentar pastorais específicas é necessário chegar gradualmente a uma reorganização das nossas presenças e modo de operar. Até agora a nossa presença missionária foi principalmente baseada no critério geográfico: os confrades são destinados a uma província e depois, conforme as necessidades, são destinados a uma comunidade. Esta estrutura reflecte o pressuposto que – para lá de alguns serviços particulares – geralmente o trabalho missionário consista em fundar ou levar ao amadurecimento comunidades cristãs ou paróquias. Mas este não é o único modo possível de pensar a organização do trabalho missionário.

Por exemplo, os jesuítas, desde há uns decénios começaram a pensar o seu serviço missionário também como resposta às necessidades humanas dos refugiados (JRS), de pessoas afectadas pela SIDA (AJAN), e às situações de injustiça (centros de fé-justiça – faith-justice). O pessoal é adequadamente preparado e destinado para estes serviços.

Em anos recentes, também o Instituto comboniano empreendeu uma reflexão sobre a aproximação ministerial, visando em particular alguns grupos humanos que sofrem exclusão e ministérios em âmbitos prioritários (DC ’03 n.º 43 e 50; DC ’09 n.º 62-63; DC ’15
n.º 45). Obviamente, o elemento geográfico é imprescindível, porque também estes grupos humanos estão espacialmente colocados, a inserção na Igreja local exige também uma presença paroquial, mas o critério norteador é o ministério específico para com estes povos que requer:

  1. Equipas pastorais. São compostas por diversos ministros, com competências específicas e uma variedade de dons pessoais, que colaboram como equipa. Vista a complexidade do mundo de hoje, é oportuno juntar competências de vários géneros, incluindo, por exemplo, as competências nas ciências humanas e sociais. A diversidade de competências é de ajuda na colaboração; a diversidade de nacionalidades e culturas no seio da equipa, vividas na fraternidade, são um sinal profético num mundo cada vez mais dividido e em conflito. Esta comunhão/solidariedade é o que distingue uma equipa pastoral, que não é só uma equipa de trabalho harmonizada e eficaz, mas uma fraternidade de discípulos-missionários. Evidentemente, comunidades de grandeza média terão maiores possibilidades de ser significativas, podendo reunir competências e ministérios complementares e transversais (como por exemplo JPIC), absorver melhor as ausências devido a férias ou por motivos de saúde, desenvolver uma reflexão mais rica e partilhar competências e recursos com outras comunidades empenhadas na mesma pastoral específica. Isso exige uma redução do número de comunidades, mas facilita o trabalho em rede, desde o nível local ao interprovincial.
  2. Trabalho em rede. A equipa pastoral não trabalha isoladamente, mas, acima de tudo, está inserida e colabora com a Igreja local. Até vai mais além, cooperando com várias componentes da sociedade civil para uma transformação social inspirada nos valores do Reino. Há também outros níveis de colaboração que a experiência nos mostra como críticos: por exemplo, o fazer rede com outras comunidades e equipas ministeriais, seja a nível regional, seja à escala internacional. Sem este suporte e contínuo estímulo à abertura e ao crescimento, ao intercâmbio e à partilha de recursos, uma equipa local bem depressa se encontrará com pouco oxigénio. Sobretudo no que diz respeito à pesquisa, à experimentação, à aprendizagem contínua e à reflexão sobre as boas práticas e a inovação. O mundo continua a deslocar-se, ao passo que a equipa se arrisca a deter-se e a fossilizar-se, ou a reagir às situações em vez de responder-lhes criativamente.
  3. Estruturas de apoio. As várias equipas empenhadas numa mesma pastoral específica a nível local têm necessidade de estruturas de ligação e de apoio. Este seria também o melhor contexto para propor percursos de formação permanente, pesquisa e experimentação para melhor acompanhar a gente no seu caminho de inclusão e transformação. A colaboração com instituições académicas e de pesquisa, por exemplo, pode ser um recurso útil, como também secretariados específicos e processos de pesquisa e acção participada. É preciso também repensar as estruturas em que vivemos ou que administramos no nosso ministério. Estas, de facto, podem entrepor um certo distanciamento entre a gente e os missionários, ou até simplesmente absorvê-los tanto na administração que percam o contacto directo com as pessoas ou a disponibilidade para caminhar ao lado delas. De notar, além disso, como também o Fundo Comum Total é uma oportunidade que pode ajudar-nos a fazer uma programação participativa e responsável no contexto de uma pastoral provincial específica. A dimensão económica, de facto, relaciona-se com as escolhas de estilo, meios, cooperação e programação de um sector pastoral, com o qual interagem os projectos comunitários. Por fim, a redução dos empenhos e a requalificação das presenças e serviços missionários requeridos pelo último Capítulo Geral tornar-se-ão uma realidade se tivermos os instrumentos e o método para os realizar através de caminhos de comunhão, inclusivos e participados. É nesta vertente que se joga a eficácia de uma liderança que não seja apenas administrativa, mas que nos conduza a uma nova primavera.
  1. Uma formação visada

Também a formação de base deve ser revista para desenvolver competências ministeriais, sobretudo no que concerne o curriculum dos escolásticos. Os programas de Teologia, que geralmente oferecem uma preparação teológica e académica, não formam necessariamente para as atitudes e competências úteis à aproximação ministerial, nem fornecem apoio, metodologias e instrumentos práticos que tanto ajudariam a uma pastoral específica. É óbvio que um curriculum de estudos será tanto mais útil quanto for ao encontro das escolhas de ministérios específicos do Instituto. Poder-se-ia, portanto, pensar na possibilidade de caracterizar a formação nos escolasticados como orientações coerentes com as prioridades ministeriais do continente em que se encontram. Ainda que depois um confrade se encontre a trabalhar noutros contextos, as competências ministeriais adquiridas serão em parte transferíveis e, em qualquer caso, uma melhor base para aprender outras.

Em conclusão, o acolhimento do novo paradigma de missão não significa deitar fora o passado para introduzir só coisas completamente novas. Antes, trata-se de reorientar e integrar os diversos aspectos da vida e do serviço missionário (pastorais específicas, pessoas, reorganização, economia) em torno da visão de missão indicada pelo Capítulo e dos processos participativos de requalificação das nossas presenças e serviço missionário.

Ir. Alberto Parise mccj

Perguntas

  1. Para desenvolver pastorais específicas é pedida uma leitura aprofundada da realidade. É prática comum (nas comunidades, zonas, circunscrições e continentes) uma leitura da realidade (através da adopção, por exemplo, do circulo hermenêutico) para identificar necessidades pastorais e adoptar modalidades de presença e de intervenção que encontrem tais necessidades?
  2. Quais passos foram dados na circunscrição para repensar os objectivos, a estrutura, o estilo e os métodos de evangelização segundo uma óptica ministerial?
  3. Ministérios específicos (que concernem, por exemplo, os afrodescendentes e os povos indígenas na América Latina, os povos pastoris em África e os residentes dos bairros de lata, os refugiados, etc.) exigem, além de equipas pastorais, um trabalho em rede e estruturas de apoio que tenham perspectivas pastorais continentais. Quanto é que a nossa programação pastoral consegue superar os limites geográficos das circunscrições e adoptar uma aproximação continental? Quais estruturas continentais deveriam ser reforçadas para favorecer um critério continental às necessidades pastorais comuns?