Esse foi o tema formativo com o qual iniciamos a nossa assembleia nacional dos LMC em Portugal, que decorreu neste último final de semana, de 25 a 26 de Outubro, na casa dos MCCJ na Maia. Na reflexão, a Ir. Graça, comboniana, nossa conselheira, inspirou-nos a reconhecer o olhar de Deus sobre a nossa vocação LMC, e a perceber como nossa vocação permeia a nossa vida no cotidiano, como “fermento na massa”. Também reconhecer que foi Deus quem nos chamou e escolheu! Convidou-nos a contemplar a beleza da missão e da vocação, e buscar reconhecer a presença da alegria perene, da missão como relação, como dinâmica de comunhão, a partir da qual irradiamos o Amor de Deus.
De seguida foram apresentados e aprovados o Plano de Atividades e o orçamento anual de 2026. Também cada comunidade local teve espaço para partilhar seu planeamento para o próximo ano.
No dia seguinte foram aprovadas as Cartas dos Ministérios que compõem a Associação LMC, e que foram elaboradas a partir da última assembleia, que aconteceu em Março deste ano.
No final da manhã do domingo, celebramos a Santa missa, presidida pelo pe. José Vieira, missionário comboniano que está a trabalhar na Etiópia, onde todos os LMC presentes, a contar também com participação online, fizeram a renovação do seu compromisso LMC.
O final de semana foi um tempo favorável, de encontro, reflexão e convívio, com a participação de 15 LMC, dos quais 3 de forma online. Agradecemos a Deus pelo chamado a cada um de nós e por nos acompanhar sempre nesse caminho missionário!
É muito bom produzir com dedicação, buscando a qualidade daquele alimento nutritivo, saudável e diferenciado. Mas vendê-lo e obter um preço justo, ouvir os elogios de quem leva para a sua mesa, é ainda melhor.
Foi um pouquinho disso que nossas alunas e alunos do terceiro ano da Casa Familiar Rural de Açailândia viveram nesta sexta-feira graças a uma parceria dos movimentos sociais com a Secretaria Municipal de Agricultura de Açailândia e o projeto PAGES da SAF/ Estado do Maranhão. Uma Feira Agroecológica da Agricultura Familiar.
Já é o segundo ano que a Casa Familiar Rural de Açailândia, num projeto das disciplinas de Economia Rural, Introdução à Agroindústria e outras, faz um microcrédito para que os nossos estudantes tenham uma primeira experiência de empreendedorismo na economia solidária. Emprestamos valores de R$ 500 para que grupos de 4 a 5 jovens produzam algum produto baseado em ingredientes da agricultura familiar e tenham uma experiência de comercialização. Assim, produziram geladim, trufas, bolo no pote, pé de moça… muito saborosos e venderam em eventos na escola e nas feiras.
Todos devolveram o microcrédito e ainda tiveram lucros significativos, além de aprender a organizar a produção, a comercialização, trabalhar de forma cooperativa, administrar os custos de produção, fixar os preços e dividir os lucros. Ganha-ganha!
Além disto, também venderam a produção rotineira de todos os estudantes da CFR: peixes, hortaliças, fava, puba…
E ainda ajudaram nas vendas de outros feirantes.
Cooperação é o caminho para a agricultura familiar e para a superação do capitalismo!
Na conferência Gerando Esperança pela Justiça Climática, promovida pelo Vaticano marcando o 10º aniversário da encíclica Laudato Si’, o Papa Leão XIV sublinhou que “não há espaço para indiferença ou resignação”, e dentre tantos alertas, falou da necessidade de que “Todos na sociedade, por meio de organizações não governamentais e grupos de defesa, devem pressionar os governos a desenvolver e implementar regulamentos, procedimentos e controlos mais rigorosos. Os cidadãos precisam de assumir um papel ativo na tomada de decisões políticas a nível nacional, regional e local”
Este chamamento do Papa está diretamente ligado com a reflexão feita no Grito dos Excluídos deste ano, manifestação que ocorre no Brasil a cada 7 de setembro, como podemos ler na partilha feita pela LMC italiana, Emma Chiolini, a seguir:
A manifestação tem um significado profundo desde sua criação em 1995, destacando desigualdades existentes em diversas áreas, como a falta de acesso à saúde, educação, moradia, trabalho decente e segurança, que ainda não serão garantidas a todos em 2025. O evento deste ano também tem como lema “Cuidar da nossa casa comum e da democracia é uma luta diária!”, refletindo a conexão com as crises climática e social e a defesa da democracia em um momento de ameaças internas e externas. Além disso, este ano em particular, houve solidariedade ao povo palestino e ao genocídio que sofre em uma guerra sem precedentes, política, social e humanamente injusta. Mais do que um protesto, o Grito dos Excluídos representa a resistência popular, articulando a defesa dos direitos humanos, da soberania nacional e da democracia. A manifestação é, portanto, um chamado à solidariedade e à participação cidadã, reafirmando que a luta por justiça social deve ser constante para que o Brasil e o mundo avancem rumo a uma sociedade mais justa, democrática e sustentável.
Em 2025, o movimento fortalece essas reivindicações promovendo um Plebiscito Popular, cujo objetivo é incluir a população nas decisões sobre questões como a redução da jornada de trabalho, o fim da escala 6×1 e a tributação dos super-ricos. A participação de todos é importante; é democracia, é igualdade, é reconhecimento. Não podemos ficar indiferentes ao sofrimento daqueles que são esmagados diariamente por esta sociedade. Não podemos ficar indiferentes à desigualdade. Não podemos ficar indiferentes ao sofrimento dos povos oprimidos e à arrogância dos mais fortes. Portanto, o grito dos Excluídos não deve ser silenciado, nem deve ser silenciada a denúncia daqueles que desejam silenciá-lo. Acredito em um caminho que se constrói em conjunto, que parte de baixo, do povo, de uma consciência crítica, que nos permite ver que a luta deve ser constante e contínua. Bertolt Brecht disse que quando a injustiça se torna lei, a resistência se torna um dever. Em um mundo globalizado, não podemos mais dizer que não sabemos. Pepe Mujica nos deixou uma citação que serve de exemplo para o nosso dia a dia: “A política é uma luta pela felicidade de todos”. Em um mundo onde a humanidade parece estar desaparecendo, vamos fazer a diferença novamente: vamos ser humanos novamente!
Pelas Irmãs Missionárias Combonianas que celebram a sua Assembleia Intercapitular: para que, inspiradas pelo sopro do Espírito, possam viver este acontecimento como um kairós no processo de reconfiguração que estão a viver. Oremos.
Na noite da última sexta-feira, 26 de setembro, a Casa Familiar Rural de Açailândia (CFR), realizou a 13ª edição de sua tradicional Noite da Filosofia Camponesa. Festa anual que tem como objetivo exaltar os saberes e consciência do povo camponês.
O evento, organizado pela coordenação pedagógica, direção e corpo discente da escola, trouxe como tema deste ano “CFR, 20 Anos Plantando Conhecimento e Colhendo Saberes: educação do campo, juventude e agricultura familiar”. A noite foi repleta de momentos memoráveis, como a mística inicial, a leitura do discurso do Missionário Comboniano do Congo, padre Joseph Mumbere, a apresentação artística da turma do primeiro ano e a entrega do grau de técnico agropecuário aos concluintes, seguida de uma apoteótica chuva de fogos regada a lágrimas e abraços.
As Casas Familiares Rurais, modelo que nasceu na França, trazido ao Brasil no final da década de 60, são estruturadas na pedagogia da alternância, na formação geral e técnica e na sucessão familiar. A CFR de Açailândia foi fundada por leigos missionários combonianos em 2001, acolhendo as primeiras turmas de jovens do campo em 2005. E mesmo passando por diversos desafios, já formou mais de 200 alunos, filhos da classe camponesa dos mais diversos municípios da região.
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