Leigos Missionários Combonianos

Visita coordenador internacional LMC a Balsas

LMC BrasilNo dia oito de março deste ano tivemos a alegria de receber o coordenador internacional dos LMC’s, Alberto de la Portilla em visita ao Grupo de Espiritualidade Comboniana de Balsas-MA. Oportunidade essa que nos possibilitou aprofundar o conhecimento do trabalho realizado pelos LMC’s a nível mundial.

Foi uma bonita partilha que muito contribuiu para o fortalecimento do nosso grupo.

Nossa gratidão e que Deus abençoe a todos.

Paz e bem

Ortegal

Grupo de Espiritualidade Comboniana de Balsas

A rezar é que a gente se entende

LMC Portugal“A rezar é que a gente se entende” foi o mote para a 8ª unidade formativa que decorreu no fim-de-semana de 13 a 15 de abril. Como de costume, os missionários combonianos abriram-nos a sua casa em Viseu, onde sempre nos sentimos bem acolhidos e em nossa casa. Damos graças a Deus por essa dádiva. A formação foi orientada pelo Carlos Barros e pela Susana Vilas Boas.

Esta unidade formativa assume uma importância à parte das restantes. Sem oração, a missão torna-se estéril e sem sentido, fragiliza-se nos momentos difíceis; sem oração, podemos ser voluntários mas não verdadeiros missionários. O nosso santo Daniel Comboni alude insistentemente à necessidade da oração, seja a sós seja em comunidade. A relação íntima com o Sagrado Coração de Jesus impregna toda a sua ação evangelizadora, a missão “nasce aos pés da cruz” e concretiza-se com o envio dos seus apóstolos por Cristo ressuscitado.

O centro desta formação foi a Liturgia das Horas, a base da oração em comunidade e que os leigos missionários devem saber muito bem manusear para bem a praticar. As orientações da Igreja encontram-se na “Instrução Geral Sobre a Liturgia das Horas”, emanada do concílio Vaticano II, de que os excertos mais significativos se encontram no início do breviário. A sua leitura é imprescindível, dispensando-nos de aqui a resumir ou sublinhar aspetos mais relevantes.

O sino da minha infância, na Vacariça, também marcava o compasso do tempo. O sacristão (ou um familiar) não se esquecia de tocar o sino todos os dias ao nascer do sol, as “matinas” (e acordávamos), ao meio-dia (e interrompia-se o trabalho no campo para a refeição) e ao por-do-sol, as “trindades” (e o trabalho terminava e regressava-se a casa). E em cada um desses momentos as pessoas faziam alguma curta oração silenciosa. Nesse tempo os cristãos eram convocados, alto e bom som, a orar ao ritmo das horas; mas isto são memórias do passado que a sociedade contemporânea vai apagando.

Que esta formação constitua também um sino que nos desperta e nos convoca à oração, diálogo íntimo com o Pai, como seiva da nossa vocação e ação missionária!

LMC Portugal

Mário Breda

Notícias desde Moçambique

LMC MozambiqueQueridos amigos,

Saudações de Carapira!

É com muita alegria que partilhamos um registo do nosso encontro. Depois de alguns impasses reunimos para programar algumas atividades para o grupo.

Foi um encontro frutífero e que muito nos animou para continuarmos a seguir fielmente o Senhor da Messe. O Amor é mais forte e continua a vencer! Graças a Deus!

Um abraço amigo,

De todos nós!!

LMC Moçambique

Fórum Social Mundial e Fórum Comboniano

Mensagem final dos membros da Família Comboniana
Participantes no Fórum Social Mundial e no Fórum Comboniano

RESISTIR É CRIAR – RESISTIR É TRANSFORMAR

Ministerialidade e trabalho em rede/colaboração
na Família Comboniana e com as outras organizações

Salvador da Bahia, 10-19 de Março de 2018

FSM y FCNós leigos, irmãs, irmãos e padres missionários combonianos, que participámos no Fórum Social Mundial (FSM) e no Fórum Comboniano (FC), saudamos-vos a partir de Salvador, terra de resistência negra e de culturas afrodescendentes, com um coração cheio de gratidão e de esperança. De 10 a 19 de Março de 2018 vivemos juntos uma experiência forte e única ao participar no FSM, que tinha como tema “Resistir é criar – resistir é transformar” e no VIII FC com o tema “Ministerialidade e trabalho em rede/colaboração na Família Comboniana e com as outras organizações”. Agradecemos de modo particular aos nossos conselhos gerais que juntos nos escreveram uma mensagem de encorajamento pelo empenho na JPIC e pela nossa participação no FSM como experiência do vivido do nosso carisma nos desafios do mundo de hoje.

A nossa participação foi relevante e numerosa: 53 pessoas provenientes da África, Europa e América. Experimentámos a grande riqueza do nosso carisma na variedade dos nossos empenhos. Pela primeira vez participaram também representantes dos jovens em formação no escolasticado e no CIF com um seu formador. Agradecemos também pelas respostas recebidas de quatro escolásticos ao questionário que o comité central tinha enviado com o objectivo de compreender até que ponto é que os temas da JPIC estão presentes na formação. Reafirmamos o empenho de envolver sempre mais as pessoas em formação e os formadores sobre os temas da JPIC e nas dinâmicas do FSM e do FC.

No FSM apresentámos como Comboni Network quatro workshops: Land grabbing, Extracção minerária, Situação sócio-política da RD. do Congo e do Sudão do Sul, Superação da violência e discriminação de género. Isto permitiu-nos partilhar na metodologia do FSM o nosso empenho como missionários e missionárias por um outro mundo possível. Um stand, preparado por nós, permitiu-nos fazer animação missionária, encontrar e dialogar com muitas pessoas e darmo-nos a conhecer. Entre os numerosos workshops propostos pelo FSM, acompanhámos com interesse Os novos paradigmas, Teologia e libertação, Jovens, Resistência dos povos originários e afrodescendentes, e Migrações. Durante o desenvolvimento do Fórum, participámos também na assembleia mundial das mulheres. O FSM realizou-se em clima de festa, interrompido pela morte de dois activistas dos direitos humanos: Marielle Franco, no Rio de Janeiro, e Sérgio Paulo Almeida do Nascimento, em Barcarena, estado do Pará.

O Fórum Comboniano realizou-se no signo da continuidade com os encontros precedentes. As jornadas foram intercaladas por momentos inculturados de espiritualidade, durante os quais celebrámos a vida, os sofrimentos e as esperanças, em sintonia com as realidades dos Países de proveniência e com aquelas encontradas no Fórum. Interrogámo-nos sobre a necessidade de aprofundar a reflexão acerca dos novos paradigmas da missão, de consolidar esta experiência como família comboniana e de poder dar maior espaço de participação aos leigos e às leigas. Nesta reflexão fomos acompanhados e animados por Marcelo Barros, que partilhou o estado actual da teologia e libertação, e Moema Miranda, que, depois de uma análise da realidade mundial, indicou algumas luzes para o caminho propostas pela Laudato Si’. Perante um neoliberalismo sem limites, o convite lançado foi no sentido de pôr em diálogo os pobres e de consolidar a fé na presença do Espírito de Deus que caminha connosco na história.

Interpelados por aquilo que vivemos, propomos.

Publicar um livro que reúna a história e as esperanças destes onze anos de Fórum Comboniano, indicando caminhos para o futuro.

Ampliar a coordenação do Comboni Network para um melhor serviço de sensibilização e formação sobre os temas da JPIC.

Realizar um Fórum Social Comboniano continental para pôr em confronto as diversas realidades nas quais estamos empenhados.

Criar um fundo económico para sustentar as actividades ligadas ao empenho da JPIC.

Consolidar uma plataforma on-line onde recolher e partilhar experiências e material sobre os temas da JPIC.

Depois desta experiência, sentimos ainda mais consistente a importância de nos reencontrarmos para uma maior colaboração entre nós, para nos confrontarmos como Família Comboniana e como pessoas empenhadas em âmbitos diversos mas unidos no empenho da JPIC para procurar novos caminhos de ministerialidade e novos paradigmas da missão.

Salvador da Bahia, 19 de Março de 2018
Festa de São José, Operário