Leigos Missionários Combonianos

Simpósio Comboniano-Propostas concretas para um Plano de Ação Apostólica em vista ao XVIII Capítulo Geral

Susana

Depois de uma semana de trabalho que, partindo do Plano de Comboni, deu início à reflexão sobre a missão de hoje. Para isso, fez-se a síntese do trabalho realizado, procurando chegar a conclusões aceites unanimemente pelos participantes.

Assim, por grupos, refletindo ao trabalho realizado nesta semana, elaboraram-se propostas concretas para a missão comboniana de hoje. Estas, foram discutidas em assembleia plenária a fim de se chegar a um plano de ação apostólica coerente tanto com as urgências da missão como com a identidade comboniana.

No final desta semana, os participantes refletiram e propuseram aspetos a serem levados, como contributo, ao XVIII Capítulo Geral.

Ao fim desta semana, fica o grito no coração de cada um de nós: missionários “para tenham vida e a tenham em abundância”.

Susana y P Enrique

Susana Vilas Boas

Simpósio Comboniano-Da inspiração concreta e da dinâmica do Plano à realidade atual

P Joaquim Valente«Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças» (Evangelii Gaudium 49). Com estas palavras do Papa Francisco, iniciamos este 4º dia de simpósio.

Hoje procuramos recolher e sintetizar as intuições destes últimos dias, para isso, a comissão dirigente, propôs quatro temas de reflexão:

  • A perspetiva da missão: no tempo de Comboni e no nosso tempo;
  • O estilo da missão: no tempo de Comboni e no nosso tempo;
  • Ministerialidade e formação: no tempo de Comboni e no nosso tempo;
  • A nossa missão na missão da Igreja local: no tempo de Comboni e no nosso tempo.

Estes pontos foram refletidos ao nível pessoal e em grupo, sendo, depois, discutidos em assembleia plenária. Deste modo, buscamos perceber o que devemos e temos de mudar no nosso ser missionário comboniano hoje, de modo a responder a este desafio do Papa: ser ferido, mas ousar ir mais longe para que Cristo seja anunciado a todas as criaturas e para que muitos possam ter Vida em abundância.

Susana Vilas Boas

Simpósio Comboniano-A realidade da Congregação dos Missionários Combonianos hoje

P EnriqueEste terceiro dia começou com as palavras de S. Paulo aos Corintios: “O amor jamais passará!” (1Cor 13,8). Estas palavras foram ponto de partida para os trabalhos do dia que foram iniciados pelo superior geral dos MCCJ – P. Enrique Sanchez que apresentou a sua visão sobre o Plano e a realidade dos Missionários Combonianos hoje.

Desta reflexão, surgiram pistas de leitura sobre a realidade da missão comboniana nos nossos dias e, desta, emergiram três palavras fundamentais: missão – como no Plano de Comboni, a missão encontra-se ao centro da nossa vocação e vida missionária; redimensionar – a urgência que hoje se impõem ao Instituto dadas as mudanças sociais, eclesiais e mesmo “morfológicas” do Instituto. O número de membros diminui e, dentro de poucos anos, 90% dos combonianos serão africanos; interculturalidade – uma realidade que nos chama a uma mudança no nosso pensar e agir.

Foram precisamente sobre estes pontos que se desenrolaram os debates e os trabalhos dos grupos. Trabalhos, estes, que culminaram com a discussão sobre as urgências prioritárias no desafio da missão Comboniana de hoje, uma discussão orientada e coordenada pelo P. António Villarino.

Susana Vilas Boas

Simpósio Comboniano-O espírito do Plano e o desafio da missão africana no ano 800

simposium

Neste segundo dia, o simpósio Comboniano debruçou-se sobre o Plano de Comboni, desde o contexto em que foi escrito até à sua aplicação e compreensão no nosso contexto atual.

Para nos ajudar nesta reflexão, o P. Joaquim Valente (MCCJ) provocou todos os participantes, apresentando e contextualizando, no ontem e no hoje, os pontos cardiais do Plano de Comboni e lançando alguns desafios que nos são, pelo Plano, colocados.

De facto, Comboni reconhece que as coisas não funcionam, reconhece que desconhece a solução, reconhece que ele não tem nem é a solução para a regeneração da África, reconhece que há que se colocar à escuta de Deus, que só Deus tem e é solução.

Comboni põe-se aberto aos novos movimentos do Espírito que atua na realidade e na história humana. Nos entretantos, percorre a Europa e aprende da experiência de todos quantos trabalham para a missão. Com todos estes testemunhos e de todas estas aprendizagens, Comboni procura “recapitular todas as coisas em Cristo”.

Por seu turno, o P. Johnson Uchenna Ozioko (sacerdote nigeriano), ajudou-nos a fazer uma leitura do Plano de Comboni a partir da África de hoje, alertando sobretudo, tanto a importância atual do “salvar a África com a África”, como a importância e a urgência de mudar a linguagem que usamos para falar da missão e dos africanos.

Por seu lado, segundo a sua especificidade, a Ir. Fernanda Cristinelli (IMC) apresentou sucintamente a reflexão sobre este mesmo tema, feita pelas Missionárias Combonianas, sublinhando o sentido e a urgência de redimensionar a ministerialidade de ser e viver a missionariedade no feminino.

Ao fim do dia, fica no coração de cada um dos participantes as últimas palavras proferidas pelo P. Johnson Uchenna Ozioko: Jesus lavou os pés aos discípulos e disse-lhes: «Ide e fazei o mesmo». Comboni amou a África, digo-vos: «Ide e fazei o mesmo».

Susana Vilas Boas

Workshop MCCJ sobre o Plano de Comboni

Misa en S Pedro

O mundo de hoje, a sua urgência missionária e os desafios da missão comboniana

Começaram, hoje, os trabalhos de reflexão sobre os 150 anos do Plano de Comboni para a regeneração da África. De todas as partes do mundo chegaram representantes das diferentes províncias dos Missionários Combonianos (MCCJ), assim como, estiveram presentes representantes das Irmãs Missionárias Combonianas (IMC), das Missionárias Seculares Combonianas (MSC) e dos Leigos Missionários Combonianos (LMC).

O dia começou com a eucaristia junto ao túmulo de S. Pedro, lugar onde Comboni teve a inspiração para o Plano. Contudo, este simpósio/workshop, como lembrou o P. Enrique Sanchez (superior geral dos MCCJ) na sua homilia, não procurar “contemplar” o Plano de Comboni, ao contrário, partindo dele, visa refletir e dar graças a Deus pela realidade que este Plano tem sido desde o tempo de Comboni. Hoje, há que procurar a atualidade do Plano de Comboni, percebendo de que modo ele se aplica e nos provoca no nosso ser missionário. Para isso, alertou o P. Mariano Tibaldo (MCCJ), há que perceber as nossas prioridades nos dias de hoje e a forma de – no hoje – viver o desafio do Plano.

A reflexão começou com o Ir. Enzo Biemmi que apresentou a exortação apostólica Evangelii Gaudium como uma provocação atual do Papa Francisco mas que em tudo se enquadra com o Plano de Comboni, no que diz respeito à forma como Comboni concebia a vivência da vocação missionária.

De facto, hoje, há que abandonar as ideias pré-concebidas do missionário que evangeliza “os outros”. É urgente uma consciência e vivência missionária que se fundamente sobretudo na conversão do próprio missionário. Só o encontro do missionário com Cristo, o faz explícita e implicitamente anunciar o Evangelho em todas as circunstâncias. Não se trata, pois, de um anúncio para fora, mas de um pulsar da alegria do encontro com Cristo que se manifesta na vida do missionário. Devemos, portanto, estar conscientes que sem a conversão do missionário não há anúncio, porque sem esta vivência da Graça, não se consegue chegar ao coração do homem, onde já habita o Espírito.

Na verdade, o primeiro ponto e a fonte da vida missionária e da Evangelização é o reconhecer a presença de Deus na pessoa do outro, dando, deste modo, um novo estilo à missão. Este foi o verdadeiro agir de Cristo, que em tudo o que realizar remete o “protagonismo” para o Pai e/ou para a fé que salva aquele que O busca para ser salvo.

Neste âmbito, o P. Mariano Tibaldo (MCCJ) falou das problemáticas urgentes da vida missionária. Urgências, estas, que não se prendem com um critério geográfico, mas que deve responder, de facto, às exigências da Evangelização nos nossos dias. Foi precisamente sobre esta problemática que os participantes, em trabalho de grupo, refletiram e puderam partilhar com os demais as suas conclusões, em assembleia plenária.

Susana Vilas Boas