Leigos Missionários Combonianos

Fim de semana de Espiritualidade Comboniana

LMC Portugal

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No passado fim-de-semana, de 8 a 10 de junho, os Leigos Missionários Combonianos marcaram a presença no Fim-de-Semana de Espiritualidade Missionária Comboniana, realizado na Maia e que teve como tema São Daniel Comboni – desafio para os jovens de hoje.

O encontro iniciou na sexta-feira à noite com a apresentação de todos os participantes, de entre os quais estavam membros dos diferentes ramos da família comboniana e mais alguns amigos e colaboradores.

A manhã de sábado iniciou com o momento de oração orientado pelos formandos dos LMC presentes.

A Secular Comboniana, Helena Laranjeiro, abriu a temática convocando todos os presentes a enumerarem uma chuva de palavras em volta da palavra Jovem. Entre as várias palavras e expressões citadas, concluiu-se que os jovens são bons e, muitas vezes, são as “pessoas” que os definem como “maus”. Ainda dentro da procura da definição de Jovens, foram feitos pequenos grupos que discutiram entre si a visão da realidade juvenil nos dias de hoje e os seus aspetos positivos e negativos.

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A segunda parte da manhã foi assinalada pelo testemunho do P. Nuno que pertenceu à pastoral universitária de Coimbra, falando sobre o seu trabalho com os jovens no dia de hoje, salientando que não nos poderemos focar no número de jovens presentes nas atividades, paróquias e movimentos, mas sim pela qualidade, sendo essa uma vantagem, uma vez que é mais fácil de trabalhar e acompanhar. Da sua experiência, evidenciou alguns dos erros comuns da Igreja, quanto animadora da comunidade, referindo que devemos falar com entusiasmo e alegria, mostrando aquilo que dizemos sobre a alegria de seguir Jesus Ressuscitado.

De tarde, a sessão foi orientada pelo p. Ricardo Gomes que partilhou a sua experiencia como padre jovem e também do que são Daniel Comboni já dizia a respeito dos jovens. Dividiram-se novamente os grupos para refletir e discutir alguns escritos de Comboni destinados a vocações jovens.

Ao final da tarde prosseguiu-se com a Adoração ao Santíssimo, sendo esse um momento forte do dia, uma vez que permitiu refletir e interiorizar sobre o tema, tudo o que se ouviu e partilhou.

Após a Eucaristia com a comunidade da Maia, seguimos para o churrasco em formato convívio, onde não faltaram as sardinhas assadas, o caldo verde, a música animada e uma boa dose de animação!

No domingo de manhã, após a oração, seguimos para um painel orientado pela irmã Arlete e com a participação do padre José Vieira (provincial dos Missionários Combonianos), Sofia Coelho, Mónica Silva e Filipe Oliveira, que uma vez ligados a diferentes grupos de jovens e modos de vida, testemunharam sobre a temática “Jovens na igreja”.

Assim, vivemos um fim de semana muito rico em partilhas, testemunhos e, sobretudo, em reflexão e oração, num ambiente muito familiar e caloroso.

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Mónica Silva

Retiro sobre a “Missão dos Leigos Missionários Combonianos: desafios, sonhos, esperanças”

retiro LMC

retiro LMCDurante o sábado 16 e domingo 17 de junho nos encontramos no lugar da Osservanza em Bolonha para um

momento de convivência, rezar juntos e reflectir sobre a “Missão dos Leigos Missionários Combonianos: desafios, sonhos, esperanças”, liderado pelo Padre  João  Munari.

Sábado à tarde  estiveram presentes pelo grupo de Bolonha: Micaela, Emma, Chiara, Eileen, Agostino, Giuliana, Annalisa e Michele e pelo grupo de Padova: Fabrizio, Francesca, Dorella e Roberto.

Começamos a partir do significado do termo “Missão” e da Palavra.

Para começar, o padre João recordou-nos que o Evangelho é  por todos, tanto para os leigos como para os sacerdotes, freiras, etc. As bem-aventuranças são um ideal de vida para todos, não apenas para os consagrados.

O batismo recebido dá pleno direito (e dever) a cada leigo de se sentir parte integrante da Igreja, anunciar o Evangelho, trabalhar pela Igreja, é um “direito de cidadania” dentro da Igreja para todos os batizados. E se queremos construir algo, devemos fazê-lo desde a Palavra, não desde documentos.

Nos fizemos algumas perguntas: O que significa fazer do Evangelho o ideal da nossa vida? A igreja se perdeu hoje? O que é que o Espírito pede de nós? Por que o Papa Francisco fala tanto sobre a necessidade de renovar a liturgia? Nós também sentimos essa necessidade? Sentimos fé e vida nas liturgias de nossas igrejas?

Então, partindo de quem somos e lembrando que o fundamento de nossa fé é a Palavra, que celebramos na liturgia, nos concentramos em nosso relacionamento com o mundo como Igreja.

A grande revolução é entender que a Igreja não é o centro do mundo, mas é a Igreja que gira em torno do mundo, assim como foi para a revolução copernicana.

E a renovação da Igreja também passa pela liturgia.

Neste momento, demos espaço para a comparação: como grupos de Bolonha e Pádua falamos sobre os compromissos assumidos no território, durante este ano. Temos enfatizado a riqueza que cada um dos nossos grupos traz após anos de caminhada e que corremos o risco de perdê-lo, dissipando-o e não reconhecendo-o por falta de uma memória comum.

Depois da reflexão, então, em torno da Palavra, cada um de nós apresentou um sinal da caminhada deste ano: o panfleto dos “aperitivo dos Povos” organizados em Pádua, o folheto de reuniões nas paróquias sobre novos estilos de vida organizados em Bolonha, alguns livros significativos (incluindo Ave Mary da escritora Murgia), Wipala, um lápis 80% reciclado que não quebra e até escreve sem dica, o cartão de coleta com o nosso nome, o óleo de Nardo.

Depois do jantar nos reunimos para ouvir os testemunhos da vida missionária das Ir. Elisabetta Raule e Ir. Federica, Missionárias Combonianas, respectivamente, no Chade e na África Central. Foi bom sentir quanto a alegria e a paixão guiam seus passos, mesmo nas dificuldades que encontram diariamente em seus  trabalho entre essas populações. Ir. Elisabetta, uma médica que trabalha diariamente com ferimentos muito graves  das pessoas devido a armas de fogo por causa  da guerra interna em Chad; ir. Federica, uma enfermeira que trabalha entre os pigmeus na floresta.

Domingo de manhã Nós partimos do Evangelho de João (6.1-14): Jesus pede aos discípulos após a multiplicação dos pães para recolher as peças avançadas “Recolham os pedaços que sobraram a fim de que não se perca nada“.

O que eles fizeram? ” Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. “. Qual será o motivo de tanta riqueza?

Devemos ter cuidado para que nada se perca, e pensando em nossos grupos este Evangelho convida-nos a redescobrir a riqueza de nossos grupos em toda a Itália.

Em seguida, liamos  algumas partes de um documento de 1994: Carta do Superior Geral e seu Conselho a todos os confrades sobre o Laicado Missionario Comboniano.

Aconselhamos a todos para retomar nas mãos, fomos surpreendidos ao ler algumas definições preto no branco, afirmando a impotancia, que define a identidade do leigo missionário comboniano (“tocado, inspirado e contagiado pelo carisma de Comboni”) “Os LMC constituem um facto novo que nos obriga a confiar, ter disponibilidade e criatividade …”, escreve o padre Geral e muitas outras coisas bonitas que fortalecem a forte relação entre padres e leigos dentro da família Comboniana. Primeiro de tudo, no entanto, este documento lembra-nos que ser LMC é uma vocação. E aqui todos nos devemos reflectir sobre a nossa vocação.

Em setembro, começaremos novamente a dar forma e conteúdo à nossa caminhada para o próximo ano, preparando-nos para enfrentar com fé e coragem os desafios que nos serão apresentados, certos de que não estamos sozinhos nesta caminhada!

retiro LMC

Grupo LMC de Bolonha, Itália

O coração de Jesus – Missão pela compaixão

Corazon de Jesus ComboniCompadecido, Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: «quero, fica purificado!» (Mc 1,41)

Este simples gesto de Jesus é cheio de significado e exprime com força a sua atitude para com os marginalizados. É também um acto de rebelião contra a injustiça baseada sobre um sistema socio-religioso de exclusão. É assim que o Pai se revela a nós (Col 1, 5), num Filho que, percorrendo os caminhos da Palestina, ousa tocar um leproso para o curar. Marcos, já no primeiro capítulo, revela-nos como seja capaz de amar Cristo, com um coração que extravasa de compaixão, o rosto de Deus visível que o enviou (Mc 1,1).

A devoção ao Coração de Jesus é, desde as origens do nosso Instituto, uma fonte de espiritualidade onde a nossa missão é firmemente radicada. Nela entramos na intimidade da pessoa de Jesus, nas suas atitudes, nos seus desejos e na visão do mundo novo que as Bem-aventuranças anunciam. Assim, a sua contemplação revela-nos o núcleo da nossa vida consagrada: a centralidade do amor de Deus como chave de leitura da História da Salvação. Um amor que incarna e se define como paixão total pela humanidade (DC 2015, n. 22). Para aprofundar este mistério a oração pessoal é um espaço qualificado porque é um encontro íntimo com Jesus em humildade. Torna-se assim uma experiência de perdão, de acolhimento e de gratuidade, que nos transforma e nos modela segundo o seu Coração.

O Coração do Bom Pastor chama-nos ao dom constante de nós mesmos, com tudo aquilo que somos. A missão é a de se oferecer sem esperar nada em troca, de esvaziar a própria vida em favor dos outros. Esta é a nossa consagração: fazer da nossa vida um instrumento da misericórdia do Pai incarnado no carisma dado a Comboni. A nossa história, com todos os seus limites e as suas incoerências, deixa-nos testemunhos indeléveis de confrades que gastaram a sua vida até ao fim por causa do Evangelho. Homens que se deixaram modelar num ciclo de conversão permanente através da experiência de relação com o amor do Pai, tornar-se pão para os famintos e esperança para os desanimados (DC 2015, n. 14).

Marcos fala-nos da vida de um homem que tem como característica principal a compaixão, porque este é o rosto que o Pai quis mostrar-nos. A sua atenção aos mais pobres torna-se assim um elemento constitutivo da missão da Igreja. Um aspecto claramente presente em Comboni (E 2647). A contemplação do Coração de Jesus impele-nos a uma particular proximidade aos excluídos e chama-nos a procurá-los em novos âmbitos, onde a vida é posta de parte. Ao mesmo tempo, o nosso estilo de vida, que pode ser um obstáculo ao dinamismo e à flexibilidade da missão hoje, é posto em discussão. Toda a nossa actividade e reflexão devem partir de baixo, em contacto com a humanidade pregada na cruz. Esta é a expressão mais radical da total doação do Filho e está ainda hoje muito presente em alguns países em que operamos que sofrem a guerra ou outras formas de violência. A nossa presença missionária é sinal do amor que brota do Coração de Jesus (RV 3.3).

Comboni, homem marcado pela experiência religiosa do seu tempo, desenvolveu uma própria dimensão missionária da espiritualidade do Coração de Jesus. O dom total do Pai no Filho é um sinal do amor que nos abre a uma nova esperança. O Reino é um programa de libertação da vida em plenitude (E 3323). Esta profunda convicção levou-o a percorrer milhares de quilómetros através do Nilo e do deserto, pondo em perigo a sua vida porque o Cristo transpassado é também fonte de vida para os mais afastados. A audácia do nosso Fundador em abrir novas fronteiras à evangelização faz parte da nossa espiritualidade e missão. A revisitação da Regra de Vida é também uma oportunidade para crescer na paixão pelo Evangelho à procura dos esquecidos.

Os desafios do mundo de hoje tornam urgente a nossa missão. Vivemos em tempos cheios de expectativas e desejos de novas estruturas políticas, económicas ou sociais. Há uma procura profunda e sincera de sentido, mas que facilmente cai em respostas efémeras que conduzem só à alienação ou ao niilismo. A loucura do Evangelho (1Cor 1, 25) transforma o coração e o mundo; o nosso Instituto continua a ser chamado a caminhar, com a compaixão de Jesus, a tocar os leprosos de hoje.

Que a festa do Sagrado Coração de Jesus nos dê a graça de continuar a crescer no amor.

O Conselho Geral, mccj

 

Fórum Social Mundial e Fórum Comboniano

Mensagem final dos membros da Família Comboniana
Participantes no Fórum Social Mundial e no Fórum Comboniano

RESISTIR É CRIAR – RESISTIR É TRANSFORMAR

Ministerialidade e trabalho em rede/colaboração
na Família Comboniana e com as outras organizações

Salvador da Bahia, 10-19 de Março de 2018

FSM y FCNós leigos, irmãs, irmãos e padres missionários combonianos, que participámos no Fórum Social Mundial (FSM) e no Fórum Comboniano (FC), saudamos-vos a partir de Salvador, terra de resistência negra e de culturas afrodescendentes, com um coração cheio de gratidão e de esperança. De 10 a 19 de Março de 2018 vivemos juntos uma experiência forte e única ao participar no FSM, que tinha como tema “Resistir é criar – resistir é transformar” e no VIII FC com o tema “Ministerialidade e trabalho em rede/colaboração na Família Comboniana e com as outras organizações”. Agradecemos de modo particular aos nossos conselhos gerais que juntos nos escreveram uma mensagem de encorajamento pelo empenho na JPIC e pela nossa participação no FSM como experiência do vivido do nosso carisma nos desafios do mundo de hoje.

A nossa participação foi relevante e numerosa: 53 pessoas provenientes da África, Europa e América. Experimentámos a grande riqueza do nosso carisma na variedade dos nossos empenhos. Pela primeira vez participaram também representantes dos jovens em formação no escolasticado e no CIF com um seu formador. Agradecemos também pelas respostas recebidas de quatro escolásticos ao questionário que o comité central tinha enviado com o objectivo de compreender até que ponto é que os temas da JPIC estão presentes na formação. Reafirmamos o empenho de envolver sempre mais as pessoas em formação e os formadores sobre os temas da JPIC e nas dinâmicas do FSM e do FC.

No FSM apresentámos como Comboni Network quatro workshops: Land grabbing, Extracção minerária, Situação sócio-política da RD. do Congo e do Sudão do Sul, Superação da violência e discriminação de género. Isto permitiu-nos partilhar na metodologia do FSM o nosso empenho como missionários e missionárias por um outro mundo possível. Um stand, preparado por nós, permitiu-nos fazer animação missionária, encontrar e dialogar com muitas pessoas e darmo-nos a conhecer. Entre os numerosos workshops propostos pelo FSM, acompanhámos com interesse Os novos paradigmas, Teologia e libertação, Jovens, Resistência dos povos originários e afrodescendentes, e Migrações. Durante o desenvolvimento do Fórum, participámos também na assembleia mundial das mulheres. O FSM realizou-se em clima de festa, interrompido pela morte de dois activistas dos direitos humanos: Marielle Franco, no Rio de Janeiro, e Sérgio Paulo Almeida do Nascimento, em Barcarena, estado do Pará.

O Fórum Comboniano realizou-se no signo da continuidade com os encontros precedentes. As jornadas foram intercaladas por momentos inculturados de espiritualidade, durante os quais celebrámos a vida, os sofrimentos e as esperanças, em sintonia com as realidades dos Países de proveniência e com aquelas encontradas no Fórum. Interrogámo-nos sobre a necessidade de aprofundar a reflexão acerca dos novos paradigmas da missão, de consolidar esta experiência como família comboniana e de poder dar maior espaço de participação aos leigos e às leigas. Nesta reflexão fomos acompanhados e animados por Marcelo Barros, que partilhou o estado actual da teologia e libertação, e Moema Miranda, que, depois de uma análise da realidade mundial, indicou algumas luzes para o caminho propostas pela Laudato Si’. Perante um neoliberalismo sem limites, o convite lançado foi no sentido de pôr em diálogo os pobres e de consolidar a fé na presença do Espírito de Deus que caminha connosco na história.

Interpelados por aquilo que vivemos, propomos.

Publicar um livro que reúna a história e as esperanças destes onze anos de Fórum Comboniano, indicando caminhos para o futuro.

Ampliar a coordenação do Comboni Network para um melhor serviço de sensibilização e formação sobre os temas da JPIC.

Realizar um Fórum Social Comboniano continental para pôr em confronto as diversas realidades nas quais estamos empenhados.

Criar um fundo económico para sustentar as actividades ligadas ao empenho da JPIC.

Consolidar uma plataforma on-line onde recolher e partilhar experiências e material sobre os temas da JPIC.

Depois desta experiência, sentimos ainda mais consistente a importância de nos reencontrarmos para uma maior colaboração entre nós, para nos confrontarmos como Família Comboniana e como pessoas empenhadas em âmbitos diversos mas unidos no empenho da JPIC para procurar novos caminhos de ministerialidade e novos paradigmas da missão.

Salvador da Bahia, 19 de Março de 2018
Festa de São José, Operário

“Sou pedrinha, sou Igreja” – 6ª Unidade Formativa LMC

LMC PortugalNos dias 17 e 18 de Fevereiro tivemos a formação “Sou pedrinha, sou Igreja”, em Viseu. No Sábado, tivemos como formador o Pe. José Augusto Duarte Leitão, do Verbo Divino, que ao longo do dia nos foi falando de princípios da doutrina da Igreja: a centralidade da pessoa humana, o bem comum, o princípio da subsidiariedade e o princípio da solidariedade. Fomos vendo, refletindo e participando, momentos da vida da Jesus em que estes princípios se fizeram presentes e tão notórios. Fomos percebendo que estes princípios se interligam quase sempre e que nos mostram como devemos agir e relacionarmo-nos no mundo, à luz de Jesus Cristo e da Igreja. Dá-me confiança e esperança perceber que muitas das coisas que me fazem sentido e que tento ter presentes no meu dia-a-dia são consideradas pela Igreja como estruturais de uma doutrina social e caritativa.

Percebi que aquilo em que acredito e para a forma como vejo a vida e a minha relação com os outros e com o mundo que me rodeia é aquilo que a Igreja defende e promove.

Tivemos depois um momento de oração, um pouco diferente, com recurso ao Passo a Rezar e foi tão bom! Guardo as palavras “És precioso aos meus olhos”, tento não me esquecer deste Amor que Deus tem por mim, desta valorização da minha pessoa aos seus olhos. Haverá maior alegria do que esta, de me saber amada pelo Senhor? Só Ele me salva, só Ele me conhece e é Ele que me chama pelo nome e me faz correr ao seu encontro nos outros, naqueles que se cruzam comigo. É Ele que me chama a servir, a amar, a dar. É Ele que me chama a ser Amor, como é comigo. Sei que muitas vezes estou longe deste amor pleno, sou frágil… Mas sei que sou uma pedrinha nesta Igreja do mundo, tenho o meu lugar e vou tentando dia após dia torná-lo num sítio melhor.

À noite vimos o filme Germinal, um filme francês que retrata a luta pelos direitos de uns trabalhadores numa mina. Foi intenso, tanto pela história que retratava, como em termos de imagem. Foi duro! Mas foi também empolgante, e fez-me pensar em tantas desigualdades e em como muitas vezes temos de nos sujeitar a certas coisas que podem não parecer bem à primeira vista, mas em que, no fundo, não perdemos a nossa integridade como pessoas, e que apenas estamos a lutar por um bem maior.

No Domingo, tivemos connosco o ir. José Manuel que nos veio falar da urgência de unir a mente com o coração, para conseguirmos voltar à essência do Amor de Deus, que Jesus nos veio trazer. E só unindo a mente com o coração podemos olhar o mundo e podemos encontrar este Amor que transforma. O ir. José Manuel falou-nos das situações que tem acompanhado desde que está em Portugal, como a situação do Bairro da Torre ou uma comunidade de ciganos que está desalojado e sem condições, em Beja. Essencialmente falou-nos do sofrimento de pessoas que habitam no nosso país e com o qual não consegue ser indiferente. Retive a ideia de que é importante ir à causa do problema, escutar as pessoas, perceber a origem das situações de sofrimento e agir em conformidade, sempre à luz do que Jesus Cristo faria. Sempre à luz do Seu Amor.

Foi bonita a forma como o testemunho do ir. José Manuel veio trazer para a vida os ensinamentos que o Pe. José Augusto nos transmitiu no sábado. Foi bonito ver esta unicidade entre a “teoria” e a “prática”, como os ensinamentos da Igreja se fazem presentes no nosso dia-a-dia e principalmente se devem fazer presentes no mundo em que vivemos. Sinto que quero ser uma pedrinha viva desta Igreja e que não dá para ficar indiferente ao sofrimento do mundo. Há que agir, há que lutar, há que fazer a nossa parte! E para terminar, guardo uma ideia que o irmão nos deixou “vais para onde manda a agenda de Deus”… E é essa agenda, aquela em que reina o Amor de Deus, que comanda a nossa vida e a nossa missão no mundo. Saiba eu deixar-me levar para onde me leva a agenda de Deus.

En los días 17 y 18 de febrero tuvimos la formación "Soy piedrecita, soy Iglesia", en Viseu. El sábado, tuvimos como formador al P. José Augusto Duarte Leitão, del Verbo Divino, que a lo largo del día nos fue hablando de principios de la doctrina de la Iglesia: la centralidad de la persona humana, el bien común, el principio de subsidiariedad y el principio de la solidaridad.  Fuimos reflexionando y compartiendo momentos de la vida de Jesús donde estos principios se hicieron presentes y notorios. Hemos entendido que estos principios se interconectan casi siempre y que nos muestran cómo debemos actuar y relacionarnos en el mundo, a la luz de Jesucristo y de la Iglesia.  Me inspira confianza y esperanza entender que muchas de las cosas que para mí tienen sentido y que intento tener presentes en mi día a día son consideradas por la Iglesia como estructurales en la doctrina social y caritativa.  Entendí que aquello en lo que creo y la forma como veo la vida y mi relación con los demás y con el mundo que me rodea es lo que la Iglesia defiende y promueve.   Tuvimos después un momento de oración, un poco diferente, con el paso a rezar que estuvo muy bien. Guardo las palabras "Eres precioso a mis ojos", intento no olvidarme de este Amor que Dios tiene por mí, de la valía de mi persona a sus ojos. ¿Habrá mayor alegría que ésta, de saberme amada por el Señor? Sólo Él me salva, sólo Él me conoce y es Él quien me llama por mi nombre y me hace correr a su encuentro en los demás, en los que se cruzan conmigo. Es Él quien me llama a servir, a amar, a dar. Es Él quien me llama a ser Amor, como lo es conmigo. Sé que muchas veces estoy lejos de este amor pleno, soy frágil... Pero sé que soy una piedrecita en esta Iglesia del mundo, tengo mi lugar y voy intentando día tras día convertirlo en un sitio mejor.   Por la noche vimos la película Germinal, una película francesa que retrata la lucha por los derechos de unos trabajadores en una mina. Fue intenso, tanto por la historia que retrataba, como en términos de imagen. ¡Fue duro! Pero fue también emocionante, y me hizo pensar en tantas desigualdades y en cómo muchas veces tenemos que someternos a ciertas cosas que pueden no parecer bien a primera vista, pero que, en el fondo, no perdemos nuestra integridad como personas, y que sólo estamos luchando por un bien mayor.  El domingo, tuvimos con nosotros al hermano José Manuel que nos vino a hablar de la urgencia de unir la mente con el corazón, para conseguir volver a la esencia del Amor de Dios, que Jesús nos vino a traer. Y sólo uniendo la mente con el corazón podemos mirar el mundo y podemos encontrar este Amor que transforma.  El hno. José Manuel nos contó acerca de las situaciones que está viviendo desde que está en Portugal, como la situación del barrio de la Torre con una comunidad de gitanos que están sin hogar y sin condiciones, en Beja. Esencialmente nos ha hablado del sufrimiento de personas que habitan en nuestro país y con el que no puede ser indiferente. Reitera la idea de que es importante ir a la causa del problema, escuchar a las personas, entender el origen de las situaciones de sufrimiento y actuar en consecuencia, siempre a la luz de lo que Jesucristo haría. Siempre a la luz de su amor.   Fue hermosa la forma como el testimonio del hno. José Manuel vino a traer a la vida las enseñanzas que el P. José Augusto nos transmitió el sábado. Fue hermoso ver esta unicidad entre la "teoría" y la "práctica". Como las enseñanzas de la Iglesia se hacen presentes en nuestro día a día y principalmente se deben hacer presentes en el mundo en que vivimos. Siento que quiero ser una piedrecita viva de esta Iglesia y que no puedo permanecer indiferente al sufrimiento del mundo. ¡Hay que actuar, hay que luchar, hay que hacer nuestra parte!  Y para terminar, guardo una idea que el hermano nos dejó "vais a donde manda la agenda de Dios”... Y es esa agenda, aquella en que reina el Amor de Dios, que gobierna nuestra vida y nuestra misión en el mundo. Que sepa dejarme llevar a donde me lleve la agenda de Dios.   Ana Isabel Sousa

Ana Isabel Sousa