Para que a celebração da Jornada Internacional contra as Mutilações Genitais Femininas (6 fevereiro), nos ajude a todos nós, missionários e missionárias, a crescer na atenção e no cuidado face à dignidade da mulher, sobretudo em condições de maior vulnerabilidade e para que, por intercessão de Santa Bakhita, saibamos encontrar sempre novas formas para “fazer causa comum” com todas as vítimas da opressão. Oremos.
O perfume toma conta de todo o nosso trem. São elas que chegam para nos pegar pelas mãos e nos guiar, como maquinistas deste trem. São elas que sorriem para nós, como gesto de toda a sua acolhida. São elas que nos alimentam e brindam. Sim. Todas mulheres. Alegres, marcadas pelos anos de vida e de luta, bonitas e sorridentes. Jovens e experientes. Cabelos curtos, longos e grisalhos. As mulheres que passaram por nós nesta viagem, mostraram que são capazes de abraçar e lutar. Enfrentar grandes dragões e afagar nossas cabeças quando nós nos voltamos para os pés. Eunice é uma dessas mulheres. A primeira a nos receber na casa dos padres. Sempre atenciosa e acolhedora. Ela marca o nosso primeiro contato com as mulheres daquele lugar. Também Dina e Maynara estiveram em nosso vagão durante todo este itinerário. Foram elas que prepararam o nosso caminho, organizando e limpando a casa dos LMCs. Foram elas que nos receberam, nos ensinaram sobre as coisas daquele lugar. São elas as continuadoras das lutas e festas daquele povo tão acolhedor. De repente, estávamos todos juntos. As meninas correm entre nós numa brincadeira de se aproximar, as moças que arregalam os seus olhares diante dos desconhecidos se mostram curiosas com estes que chegam de longe, as mulheres que abrem os braços e os corações para nos receber e as senhoras, as líderes que já fizeram, que fazem e que, se preciso for, serão capazes de fazer tudo novamente.
O saber é algo que só cresce quando dividimos. E foi assim em nossas manhãs, bebericando um café ou um caneco de suco, muitos sucos, que compartilhamos o saber com o Marcelo, Padre Carlos, João Carlos, Valdênia, Renato, Yonná, Morgana e Padre Joseph. E tudo termina com o um gosto de querer mais, de ficar naquela estação por mais algumas horas, dias, vidas. O aprender é algo único e contagiante. Quem aprende passa a conviver com a vontade de ensinar, de transmitir, de compartilhar o que recebeu. Mas tem também o ensinar sem palavras. Com gestos, conversas, mas, principalmente com atitudes. Padre Silvério é um desses. Que olha para os menores, para os pequenos, com brilho no olhar, histórias para contar e toda uma vida para dedicar.
Chegamos na estação mais alta, a estação “Piquiá da Conquista”. Quando avistei ao longe, escondida entre palmeiras de açaí, mangueiras e pés de babaçu, aquelas casinhas brancas, todas bem organizadas, me veio a mente uma história distante de um lugar conhecido como Terra Prometida. Foi na conversa com Dona Tida, nas instalações do restaurante Sabor da Conquista, que tomamos conhecimento sobre a história e a conquista que se fazia ali, diante de nós, presente na vida do povo do Piquiá de Baixo. Assim como a Terra Prometida, esta história tem o seu Moisés. Um dos líderes da comunidade que marcou presença em todos os momentos e lutas deste povo. Mas foi no dia que o primeiro tijolo foi assentado, no dia que o Piquiá da Conquista foi avistado, que o Sr. Edvar faleceu por complicações respiratórias. Sim. Ele foi mais um dos que faleceram em virtude da poluição trazida pelas siderúrgicas para o Piquiá de Baixo. Dona Tida (Francisca), assim como Josué, conduz o povo pelo Rio Piquiá, promove reuniões, discute, escuta e organiza o povo. São 312 casas. Serão 312 famílias contempladas com um novo local para viver, longe dos dragões, mas não distante de suas labaredas e fumaças.
Talvez você pergunte pelo porquê desta viagem. Talvez estes não sejam os seus trilhos. Talvez nada disso faça sentido para você. Mas uma coisa eu posso lhe assegurar, você tem um jeito que é só seu. Mas eu conheci um homem, de aparência frágil, de olhar intenso, de vida bem vivida. Para resumir este homem, Dona Tida nos revelou um segredo que só as pessoas experientes e capazes de ouvir o sussurrar de Deus são capazes de nos dizer. Ela nos perguntou: Vocês conhecem aquele homem que tem o jeito de Deus? Nossos olhares se cruzaram como quem pergunta: ainda não conhecemos o jeito de Deus e como reconheceremos tal pessoa. Ela então nos questiona: vocês conhecem o Padre Dário? Nossos olhares se abrem e todos confirmam: Sim, conhecemos o Padre Dário. Cada um com sua história sobre este que tem o “jeito de Deus”.
Para que a oração de unidade dos cristãos possa ser uma ocasião para crescer na consciência recíproca e encontrar elementos comuns entre as diversas denominações cristãs que nos incitam a tecer relações mais profundas entre nós e a promover a fraternidade universal, para contribuir para a rea-lização do sonho de Jesus, “que todos sejan um” (Jo 17, 21). Oremos.
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