Leigos Missionários Combonianos

Africanizar-me

África, um grito que ecoa desde a infância.
Um grito que silencio…. Que espero a tanto tempo.
África que me faz sonhar! Que faz o coração pulsar descompassado. África que me fascina!
Fantasia e realidade encontram-se agora, utopia e concretude dão-se as mãos e inspiram-me a africanizar-me.
Que meus pés te toquem sem invadir-te.
Que minhas mãos te saúdem sem machucar-te.
Que meu coração possa amar-te mais que já ama e que tu, ó África, me ensines o teu amor!
O amor que não aperta. Amor que não destrói.
Que nossos saberes se somem sem que os meus abafem os seus, sem que os seus inibam os meus.
África… África… África…
Acolha-me! Aceita-me! Ensina-me!
Que o sonho infantil de tocar-te, agora amadurecido e possibilitado possa realizar-se num encontro de almas, num verdadeiro encontro do meu EU com o seu TU. Que tudo eu possa fazer com amor.


Priscila Garcia. LMC

Acaba-se uma coisa e começa-se outra

Ewa“As nossas crianças  acabam de terminar o seu período de férias. Que, neste ano, foram excepcionalmente mais longas: três meses, por causa das eleições presidenciais, que se realizaram no passado dia18 de Fevereiro. Felizmente, por aqui tudo correu calmamente e sem problemas maiores. Daqui a umas três semanas, já estarei de novo na Polónia. Bem, acaba-se uma coisa e começa-se outra. Durante o período de férias, passei a maior parte do tempo com as crianças mais pequenas, com aquelas que têm maiores dificuldades na escola. Era uma espécie de aulas de recuperação. Depois das aulas, passávamos muito tempo com as crianças, para nos divertirmos juntos, brincando e pintando, criando objectos de barro e papel, para depois os colorir e recortar. O que na Polónia é comum, mas para as minhas crianças no Uganda tratava-se de algo novo e muito especial.”

Apesar de a minha profissão ter a ver com a administração, aqui também trabalhei como baby-sitter e assistente social. Todo este tempo que estive aqui, fui descobrindo que este é um bom lugar para mim. É incrível e surpreendente, porque nunca quis, e nem nunca tinha pensado em fazer o que fiz. A missão é assim, ensina-nos a obedecer e a estar nos lugares onde é mais preciso estar, e não onde se mais gosta ou se gostaria de estar. Às vezes a nossa imaginação não se coaduna com a realidade, é bem diferente e distante das necessidades reais do mundo. Aqui, descobrimos como se tornam importantes o tempo, a oração e a abertura ao Espírito Santo. Os três pilares para se chegar a descobrir, neste contexto particular, o que Deus quer de nós. Não posso dizer que agora já descobri tudo, mas estou numa atitude contínua de procura. Estou a começar a entender por que fui enviada para aqui. Agora, quando o meu período missionário de dois anos terminar, sei que quero voltar para aqui, para junto das minhas crianças de St. Jude.

EwaSt. Jude não são só as crianças, mas todas as pessoas que lá trabalham. As baby-sitter e assistentes sociais, com quem passo muito tempo. No início do meu serviço missionário, o meu trabalho era dedicado à gestão de todos os funcionários, o que não foi nada difícil, pois era a mais jovem de todos, mas devia supervisionar tudo e todos. Devia verificar e avaliar. Não era uma situação confortável, porque achava que tinha vindo para ali para ajudar e não para controlar. No entanto, como já referi antes, a missão ensina-nos a humildade e, também, ajuda a conhecermo-nos melhor a nós mesmos e aos nossos conhecimento e comportamentos. Tenho que admitir que, às vezes, as coisas que pareciam as mais evidentes, terminaram com um mal-entendido. O modo de ser, de falar, de gesticular foram interpretados de forma incorrecta. Ao longo do tempo, felizmente, tivemos oportunidade de aprender uns com os outros.
A missão também é comunidade. O que, para mim, foi extraordinária. Em Gulu, onde tudo era novo para cada uma de nós quatro, fomos capazes de criar uma comunidade. Como aquela que já existia em Matany, onde trabalhou a Danusia, outra LMC polaca. Éramos quatro jovens e inexperientes: três polacas e uma espanhola. Juntas, trabalhamos, rezamos, conversamos, descansamos, mas também discutimos e tivemos os nossos mal-entendidos. Mas tudo foi belo, preciso, intenso. O que sempre nos manteve unidas foram as pessoas, a missão e, em especial, a oração. Cada uma de nós é uma imagem diferente de Deus, mas com a mesma fé e com um coração grande e aberto.
Em nome da minha comunidade e de mim mesma, gostaria de agradecer a todas e a todos aqueles que nos apoiaram com os mais pequeninos gestos, com um postal ou um e-mail. Em nome das minhas crianças, gostaria de agradecer também todo o apoio económico, o que, graças a ele, permitiu-nos fazer uniformes para as crianças, melhorar a comida e a saúde… enfim, permitiu-nos colorir um pouco mais a vida de cada uma daquelas crianças. Mas acima de tudo, gostaria de agradecer por cada uma das vossas orações, por terdes pensado em nós… pois, sem vós, não teríamos podido estar aqui.

Ewa

Ewa Maziarz, LMC

100 dias

100 dias100 dias do maior crime ambiental na história do Brasil.

17 pessoas mortas, uma comunidade inteira destruida, lama tóxica que destrói o Rio Doce, caminhando por 600 km até chegar no oceano Antlâtico e contaminá-lo.

100 dias sem nenhum plano concreto de recuperação do rio Doce.

100 dias de impunidade absoluta.

100 dias sem ninguém na cadeia.

 

O dia 5 de novembro de 2015 era um dia tranquilo na comunidade de Bento Rodrigues, pequena cidade no interior do Minas Gerais com 600 habitantes. Naquele dia, às 16.30h da tarde, os celulares dos habitantes iniciaram a tocar como gritos que chegavam de longe. Gritos que avisavam da ruptura da barragem que continham lama de rejeito da empresa mineradora Samarco (Vale).

Um rio de lama a uma velocidade horrível, dirigiu-se aquela comunidade e, dalì a pouco, atingiu outras até entrar no Rio Doce para depois chegar no Oceano e contaminá-lo.

Uma lama tóxica com seus 15 metros de altura, com violência e destruição.

Violência que destruiu para sempre o rio, a vegetação, a fauna, a comunidade, deixando lama vermelha que não permite mais gerar vida.

100 dias se passaram e ainda tudo ficou impune, a notícia ficou de lado como se nada tivesse acontecido, como uma coisa que não interessa mais, para voltar numa aparente e falsa normalidade.

Mas a normalidade é aquela da injustiça, a normalidade é aquela que reina nos lucros desta multinacional, Vale e company, que ainda não arcou com responsabilidade por aquilo que cometeu.

Frente a esta grave situação, o governo estadual não tratou o fato como emergência, deixando à empresa a tarefa de resolver a questão com seus meios, advogado, seu comando operativo de engenheiros e pesquisadores…o seu lucro e interesse.
Em 2013 uma comissão declarou a irregularidade da barragem por causa de um aumento de erosão da montanha que colocava em risco a segurança da mesma. Um anúncio da periculosidade causada de uma exploração do território. Na hora do desastre descobriu-se que a empresa não tinha nenhum plano de emergência e que não foram tomadas medidas de segurança.
Em Minas Gerais, existem 754 barragens que contém lama de rejeito das empresas de mineração e destas, 42 não tem nenhuma certificação de segurança. Corrupção, falsos balancetes, interesses …etc…etc…

Estamos falando de empresas multinacionais que ganham bilhões.

Em Minas, empresas de mineração e políticos foram sempre parceiros como dois velhos amigos, juntos em um sistema que cria vantagens, ganhos, mas não para o bem comum, não para o povo, não para a nossa terra sagrada.
Este desastre ambiental envolve todos , porque os danos são mundiais não somente locais, e será sempre uma grande ferida aberta na história deste país.

Danos permanentemente irrecuperáveis, como a morte de pessoas e de um ecosistema que não será nunca mais o mesmo.

A campanha da fraternidade deste ano da igreja Católica no Brasil, tem como tema “Casa Comum: nossa responsabilidade”. «Scorra come acqua il diritto e la giustizia come un torrente perenne»
(Am 5, 24). A Casa Comum é a nossa Terra, uma casa tão destruída, maltratada e explorada. É preciso trabalhar por uma cultura ecológica que saiba defender, amar e curar o mundo e nós todos somos responsáveis por esta cura.

E no cuidar da terra, é preciso ainda contestar o sistema capitalista que explora, mata e cria desigualdade colocando em primeiro lugar o dinheiro e não o valor da vida.
minas100 dias passaram, 100 dias não foram esquecidos, e não devemos esquecer, não podemos construir o futuro com um presente coxo e doente nem devemos parar de denunciar.

Casa Comum: nossa responsabilidade!

A extração dos minerais por parte das sociedades de mineração destrói as montanhas de Minas, assim como em outros países no mundo.

Durante o trabalho de extração se usam reagentes químicos altamente perigosos que contaminam a terra, os lençóis freáticos e criam barragens de lama tóxica, que colocam em risco a população e as comunidades.

Emma Chiolini LMC (Fonte: artigo de Marcus V. Polignano, revista Manuelzão, UFMG)

Lembrando o passado…

Emma Brasil LMCJá se passaram cinco meses desde a minha chegada ao Brasil, eu cheguei no 1 de dezembro de 2013 em Nova Contagem, periferia de Belo Horizonte, Minas Gerais.

Os primeiros meses não foram fáceis, como todos os começos, a causa da nova cultura, língua, costumes, do jeito de fazer as coisas muito diferentes do meu, em um lugar que eu não conhecia. Você tem que ir em missão para re-aprender e ter paciência consigo e com os outros, dar-se tempo para entrar, encontrar, conhecer, se relacionar, ouvir, escutar, entender. Você tem que saber como criar a cultura do encontro, com o outro e a sua diversidade, seu tempo, seus pensamentos que permite identificar as coordenadas onde o EU e o TU se encontram, para criar um NÓS e começar um caminho partilhado. Não devemos simplesmente relacionarmos de forma superficial, mas você tem que ” tocar-encontrar ” e fazer-se ” tocar e encontrar ” e estar disposto a mudar. Não é fácil quando somos adultos, quando têm a sua própria formação, a sua própria maneira de pensar, às vezes é doloroso, difícil, mas é importante e enriquecedor. Re-aprender a saber aceitar, re-aprender a esperar, para saber como re-aprender a crescer e sobretudo, saber amar. Em missão você tem que estar com a cabeça, os pés e o coração, caso contrário, você vive de forma parcial e limitada a experiência. Nesses cinco meses eu aprendi a fazer isso e estou continuando a fazê-lo, todos os dias, com as dificuldades e os desafios que isso implica.

Foi percebendo que estou encontrando Deus de uma forma diferente, que estou vivendo de uma maneira diferente. A profundidade dos gestos, encontros, situações, lugares, permite que você crie um diálogo com Ele, muito mais intenso e profundo. Compartilhar a Palavra de Deus em uma pequena casa de tijolos, simples e pobre, tem uma sensação completamente diferente e uma visão totalmente diferente.

Aqui em Nova Contagem comecei a participar da Pastoral Carcerária, com visitas à prisão. A penitenciária é um ambiente, duro, difícil, com muitos desafios. Os primeiros são aqueles burocráticos e a demora para entrar com a identificação e revista. Na maioria das vezes consigo me relacionar com os prisioneiros em pé atrás de uma grade de ferro, num espaço pequeno, onde você tem que esticar o braço para dar um aperto de mão, superando o obstáculo das barras. São momentos importantes de encontro, momentos de escuta, de cumprimentar, de promover os direitos humanos (a pastoral carcerária tem também a finalidade de denunciar as situações indignas e injustas) e a partilha da Palavra de Deus. É um momento ‘forte’ para rezar o Pai Nosso de mãos dadas com todas as dificuldades das barras e, em seguida, concluir com uma salva de palmas para agradecer a todos.

Além da pastoral carcerária, eu estou começando a aprender o sistema APAC (Associação de Proteção e Assistência aos condenados). É uma alternativa para o sistema carcerário, onde há respeito pela pessoa e sua dignidade. Não há polícia nestas estruturas, não há revistas humilhantes, a coisa toda é mantida por voluntários e pelos próprios presos. Um sistema inovador que não pune, mas educa e são educados juntos. Viver as duas experiências: prisão e APAC, me permite ver as diferenças, ver como a APAC recupera as pessoas e o sistema prisional não, como por um lado existe o respeito pelo indivíduo e a importância da pessoa, na penitenciária, pelo contrário o encarcerado é considerado como lixo da sociedade, sem valor.

São dois mundos completamente diferentes.

Na Comunidade de Ipê Amarelo, onde eu vivo, ajudo na Pastoral da Criança. Por agora estou lidando com as famílias que visito e convido para a pesagem mensal, como uma forma de controlo para combater e prevenir situações de subnutrição, desnutrição e obesidade. Quando você entra em algumas das casas, se abre para você uma realidade feita de tanta pobreza e dificuldades.

Por fim, outro momento importante na minha experiência missionária é o grupo de familiares e de dependentes químicos (drogas e álcool). As pessoas que participam são pessoas simples, muitas vezes mulheres, mães ou esposas que compartilham histórias de dificuldades e de dor (quem perdeu um filho porque ele matou, quem tem um filho que está usando drogas, um marido com problemas de álcool). O instrumento deste grupo é simplesmente a partilha e a escuta, nos dizer como fazer para uma mudança. E encaminhar as pessoas que pedirem para uma recuperação, oferecendo ajuda, apoio, pistas. Há muita força e muita fé nestas pessoas, é um grupo que “me converte” todas as vezes. Toda terça-feira eu tenho o prazer de participar e voltar para casa transformada.

Significativa para mim é a vida em comunidade, planejando um caminho comum com os outros, acolhendo as diferenças, a reflexão e vivência da espiritualidade de Comboni, o amor a Deus e pela Vida. Tudo é um caminho de crescimento e descoberta, de mim mesmo e dos outros.

Muito importantes são os momentos de oração juntos, onde através da Palavra de Deus a gente compartilha a própria vivencia missionaria e de grupo, um momento de desabafo pessoal e comunitário.

Aqui, por enquanto, a minha caminhada missionária parte dessas reuniões, esses momentos, esses caminhos. Eu ainda tenho tanta coisa para descobrir, mas sinto-me na estrada e, com coragem e fé, em continuar esta caminhada, lembrando-me que uma missão não é fazer grandes coisas, mas pequenas coisas que têm grande valor.

Hoje 10/2/2016…

Parece ontem a minha chegada no Brasil, mas já passaram dois anos e já estou no terceiro.

Sinto um pouco de ternura lendo aqueles palavras do primeiro tempo. Lembro, ainda, os primeiros passos inseguros e com timidez. Hoje olhando atras vejo a caminhada que eu fiz e que ainda estou fazendo, uma caminhada linda, às vezes difícil, às vezes com caídas, mas sempre em pé e em subida. A missão te muda se você se deixa mudar. Não é verdade que não temos expectativas quando saímos do nosso país, temos e estas caem quando iniciamos a despir-nos da nossa mentalidade e tentamos entrar na mentalidade dos outros, deixando cair nossas barreiras.

A vida comunitária ensina muito sobre isso. Conviver junto é um contínuo mediar e mediar-se, descobrir e descobrir-se, às vezes brigando, às vezes passando momentos difíceis, mas sempre na tentativa de se encontrar. Cada um tem seu jeito, seu temperamento e também suas feridas que leva com si mesmo e as brigas não são tanto com os outros mas com estas feridas.

Precisa ser testemunha, precisa ser palavra que se encarna em ação iniciando exatamente no lugar onde se vive e este lugar é, em primeiro lugar a Comunidade.

“Comunidade, lugar de perdão e da festa”, lugar de partilha e de comunhão.

Hoje os meus passos são fortes e seguros, mas sempre em um andar de descoberta e de aprendizagem… os pés descalços.

Emma Chiolini, Leiga Missionária Comboniana

“Estive preso e foste me visitar”

pastoral penitenciaria LMC Brasil
Equipe da Pastoral Carceraria com pe. Adriano

Entre as várias atividades pastorais da Paróquia São Domingos, dirigida pelos missionários Combonianos em Nova Contagem, há também a pastoral carceraria, realizada por 15 voluntários, incluindo os Leigos Missionários Combonianos, que são parte da paróquia.

Toda terça e quarta-feira de manhã, o grupo se reúne para visitar os pavilhões do presídio de segurança máxima Nelson Hungria, localizado em Nova Contagem, com cerca de 2.000 detentos. A concentração é às 08:00 na praça adiacente ao presídio.

A realidade prisional do Brasil, assim como em outras partes do mundo, sofre de uma alta superlotação devido a um sistema prisional com pouca atenção à recuperação dos detentos.

As prisões de Minas Gerais, por exemplo, podem receber 32.000 presos, divididos em 144 unidades prisionais, na verdade, são 54.000 as pessoas reclusas nas várias unidades. Esta situação só consegue agravar as condições de vida dos presos, visando mais o punir do que o reeducar e o ressocializar, com graves violações dos direitos humanos.

A ação, e o compromisso do grupo da pastoral carceraria, formado principalmente por mulheres, é acreditar em um trabalho para promover a dignidade humana, o respeito pelos direitos humanos, e a superação dos limites do sistema prisional atual, em favor de um modelo que permita a recuperação efetiva e a reintegração da pessoa do recluso.

O mais importante da nossa atuação pastoral é o testemunho de um Deus que não discrimina a ninguém, em um lugar marcado pelo desprezo, o preconceito e a violência, fazendo nossas as palavras do Evangelho: “estive preso e foste me visitar”. É a pedagogia de Jesus, método, modelo, passo que direciona o caminho desta pastoral, reconhecendo o rosto de Deus em cada pessoa, mesmo nos presos.

Muitos são os desafios e as dificuldades enfrentadas na nossa atuação pastoral, como o excesso de burocracia que muitas vezes atrasa e dificulta o nosso trabalho, com controles, restrições às visitas, permissoes limitadas; mas é com coragem que este pequeno grupo de voluntários enfrenta as dificultades, isso possibilitou, também, em 2014, a criação de dois grupos de catequese dentro do presídio que deu a possibilidade, para alguns detentos que o haviam solicitado, de receber os sacramentos.

Para isso são fundamentais os momentos de formação permanente que realizamos todo final de mês, com um espaço dedicado à programação e à formação, que permite que os agentes de pastoral carcerária possam conhecer e aprender as ações e informações que vão ajudar a melhorar as visitas ao presídio e a relacão com os presos. Nisto ajudam, também, as formações realizadas pela diocese.

Nisso em síntese o trabalho da Pastoral carcerária. Atuação singela apertando mãos, encontrando rostos concretos, escutando as histórias de vida, dos que estão do outro lado das grades com vista a testemunhar a justiça e a dignidade de cada ser humano, porque como nos diz o Evangelho é: “Nisso que reconhecerão que sois meus discípulos: no amor que tiverdes uns para os outros” (Jo 13, 35).

Emma Chiolini, Leiga missionaria Comboniana