A agroecologia ainda é muito tímida na região tocantina do Maranhão. Esperamos que esta iniciativa consiga facilitar a adoção dessa inovação, que é ao mesmo tempo um conjunto de práticas agrícolas, uma ciência e um movimento social. Para isso é muito importante a parceria e o diálogo com distintos atores, como instituições de ensino e pesquisa (Casas Familiares Rurais, IFMAs, UEMASUL…), sindicatos, assentamentos, movimentos sociais do campo, órgãos de assistência técnica, secretarias municipais de agricultura e sociedade em geral. Mas sobretudo com os agricultores e agricultoras inovadores e inquietos. Estamos dispostos a somar nessa caminhada.
Com legendas em português, espanhol, inglês, italiano e francês.
Gostaríamos de compartilhar com vocês um pouco do que nós, Regimar e Valmir, Leigos Missionários Combonianos, estamos vivendo durante esse tempo de preparação para a missão. Como todos sabem, já deveríamos estar na missão em Moçambique, na África, mas devido à pandemia do coronavírus, os governos fecharam as fronteiras e não nos foi possível ainda partir para a missão. Continuamos na casa de formação e missão dos Leigos Missionários Combonianos em Contagem/MG.
Antes da crise do coronavírus, além da formação que recebemos aqui na casa de formação do Ipê Amarelo em Contagem, fomos também à Brasília para fazer um curso direcionado aos missionários que vão para missão em outros países, missão além-fronteira. Depois disso, fomos para São Paulo onde fizemos outro curso. Esses dois cursos nos dão a dimensão do que é ser missionário em outro país.
O curso ad gentes no Centro Cultural Missionário em Brasília teve a duração de 26 dias e nos fez interiorizar, olhar para dentro de nós mesmos. Também nos ajudou a conhecer um pouco do lugar para onde fomos destinados como missionários. Dizemos com certeza que o curso faz a gente pensar e repensar se é isso mesmo que queremos, se queremos continuar no caminho da missão em um outro país ou ficar onde estamos, pois os monitores do curso deixam bem claro quais são as dificuldades que certamente vamos enfrentar e outras dificuldades que podem surgir.
No segundo curso em São Paulo sobre espiritualidade nas cidades que durou oito dias fomos transportados para um mundo além do nosso já conhecido onde fomos levados a encontrar pessoas com uma fé e jeito de ser bem diferentes: de outras religiões, seitas, ateus, orientação sexual diferente, gente que nunca vai à igreja, mas que se dedica ao amor ao próximo a ponto de se doar ao outro, de passar noites na rua para defender os mais necessitados e perseguidos (moradores em situação de rua).
Foi um encontro onde mais do que ouvir falar sobre algo, tivemos contato com muitas realidades concretas, onde fizemos amigos que vamos levar no coração para onde formos. Esses cursos foram muito importantes para nós, de uma riqueza imensa. Depois dos cursos fomos ao Paraná e à Santa Catarina. Lá participamos de conselhos de comunidades, encontros com leigos salvatorianos, encontro com o GEC de Curitiba, com padres combonianos e participamos de celebrações e missas sempre fazendo animação missionária e falando do carisma comboniano, participamos de um programa de rádio em Santa Catarina onde fomos entrevistados sobre a missão.
De volta à comunidade do Ipê Amarelo, em Contagem/MG, continuamos a formação, sempre ajudando na comunidade e nos grupos de trabalho. Valmir, também conhecido como Tito, começou o curso de formação para agentes da APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) e eu formei um coral infantil na comunidade. Agora está tudo parado devido à pandemia e quarentena.
No momento, com os trabalhos pastorais parados, criamos uma nova rotina. Aqui somos cinco adultos e quatro crianças do casal de leigos missionários combonianos da Guatemala que vieram ao Brasil como família missionária e residem aqui na casa de formação e missão dos Leigos Missionários Combonianos. Temos a oração de manhã cedo, como já era costume, depois continuamos a formação. Na parte da tarde tem um tempo livre para descanso, depois leitura e exercícios físicos. Deixamos as quintas-feiras livres para recreação, é o dia que mais brincamos com as crianças, elas adoraram essa ideia. Isso é um pouco do que fazemos aqui na casa.
Também tem os momentos de ajudar o povo, seja conversando pelo zap ou ligando, seja doando algum alimento ou de outras formas que vão sendo possíveis, pois o povo vem até nós e não podemos deixar de atendê-los, tomando os cuidados necessários. E assim vamos vivendo esses dias de quarentena, pedindo a Deus que essa crise passe logo e possamos voltar ao normal e finalmente partimos em missão.
Gostaríamos, além da partilha, também de agradecer a vocês pelo carinho e as orações. Tenham certeza que isso nos fortalece muito e nos anima a continuar. Muita gratidão também pela ajuda financeira enviada pelos GECs de São Luís e Timon. É muito valioso para nós contarmos com a contribuição de vocês. Muito obrigado, que Jesus missionário e São Daniel Comboni continuem abençoando a todos.
Finalmente, queremos dizer que estamos unidos na oração e no amor. Peçamos a Deus que toda essa crise do coronavírus passe logo e possamos seguir nossas vidas numa outra normalidade. Rezemos pelas famílias que perderam seus entes queridos, por todos os que estão doentes e por cada um de nós.
Abraços a todos e muita luz no coração.
Regimar e Tito (Valmir), Leigos Missionários Combonianos
Tenho a oportunidade de estar visitando uma Associação de Proteção e Assistência aos Condenados, APAC em Santa Luzia, município de Minas Gerais, que basicamente é um centro de detenção, mas não qualquer centro de detenção. Acaso tem privilégios? Não. Acaso tem muito investimento de ricos e poderosos? Não. É um centro embasado na proposta do Dr. Mario Ottoboni: “Ninguém é irrecuperável”. Isso é Evangelho puro.
Já na primeira impressão dá para perceber muita coisa diferente: um dos detentos é o porteiro dum centro de detenção com 120 “criminosos”. Ele tem a chave da entrada principal e da entrada ao centro dos regimes fechado e semiaberto. Agora, depois de entrar, parece que esses “criminosos” têm um rosto diferente entre muitas coisas: paz, alegria, bondade, arrependimento, caridade, desejos profundos e sinceros de recuperação.
Aqui ninguém é criminoso, todos são RECUPERANDOS, palavra tão precisa, acertada e necessária como primeiro passo para querer ajudar a que aquele que algum dia errou, não volte mais aos mesmos lugares. Joao 8, 11 “Respondeu ela: “Ninguém, Senhor”. Disse-lhe então Jesus: “Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar”.”
Com certeza há um método, o método APAC, para trabalhar seriamente na inserção do recuperando na sociedade.
Pela graça de Deus, junto com Alejo, LMC há mais de 20 anos, ajudamos num projeto relâmpago de interpretação de textos em espanhol, para que alguns detentos possam fazer a prova do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e fazer faculdade desde a APAC. Por enquanto continuam os planejamentos para trabalhar todo o ano 2020 com projetos de maior alcance humano e social.
Estar no meio de homens que puderam ter feito qualquer barbárie, mas que querem mudar de vida, alguns deles sem educação formal, procurando todos os dias formas de estudar, trabalhar, pintar, se formar em algum ofício, é muito valioso e mais que valioso é só pelo poder e força do Espírito Santo e da misericórdia de Deus, que nunca é merecida, mas sempre incondicional, num clima de normas muito estritas, junto com a família do detento e a sociedade do lugar.
Agradeço a Deus pela oportunidade de poder abraçar e ver nos olhos daqueles homens, que ao mesmo tempo estão agradecidos, sempre a alegria por chegarmos mais uma vez a visitá-los. Se Deus acredita na humanidade, quem somos nós para não acreditar?
Somos Alejandro e Ana Cris, juntamente com nossos quatro filhos, Esteban, Isabel, Agustín e Lucia.
Há um ano, chegamos ao Brasil como parte de nossa vocação LMC. Atualmente, estamos no bairro de Ype Amarelo, no município de Contagem, no estado de Minas Gerais.
Aqui moramos na Casa de Formação e Missão do LMC do Brasil.
Temos 9 anos como LMC na Guatemala e fazemos parte da Província da América Central. É uma caminhada que envolve muitas pessoas, como acontece com a comunidade da Guatemala antes de nossa partida e agora também durante este período neste campo missionário, bem como com a comunidade do Brasil, o comitê americano que está sempre à apoiarmos e obviamente o comitê central que tem contribuído constantemente para harmonizar o projeto para avançar.
Com alegria, compartilhamos um pouco dessa caminhada.
Que tudo seja pela Glória de Deus e pela Salvação das Almas (São Daniel Comboni).
APAC significa Associação de Proteção e Assistência aos Condenados. Essa sigla dá nome às unidades que adotam um método baseado na valorização humana, vinculada à evangelização, para oferecer ao condenado condições de recuperar-se.
Busca também, em uma perspectiva mais ampla, a proteção da sociedade, a promoção da justiça e o socorro às vítimas.
A principal diferença entre a APAC e o sistema carcerário comum é que, na APAC, os presos (chamados de recuperandos pelo método) são corresponsáveis pela recuperação deles, além de receberem assistência espiritual, médica, psicológica e jurídicas prestadas pela comunidade. A segurança e a disciplina são feitas com a colaboração dos recuperandos, tendo como suporte funcionários, voluntários e diretores das entidades, sem a presença de policiais e agentes penitenciários.
A FBAC – Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados, realizou na data de hoje, 24/11, um Encontro de Espiritualidade e Metodologia com funcionários e recuperandos na mais nova APAC do Estado do Maranhão.
A APAC de Bacabal, iniciou suas atividades no dia 07/11, com a chegada de seus novos recuperandos, contando também com o apoio de recuperandos e funcionários da APAC de Pedreiras – MA.
É com muita felicidade que iniciamos mais este CRS, que ainda está em obras internas, mas em breve estará pronto a aplicar com muito êxito toda a metodologia apaqueana.
Classificamos o Encontro como bastante positivo, com uma participação efetiva de recuperandos e funcionários, o que facilitará os trabalhos a serem desenvolvidos nesta APAC.
Agradecemos a Deus por nossa 53° unidade no Brasil e pedimos continuidade nas orações para a consolidação das APAC’s existentes e os surgimentos de novas APAC’s, possibilitando assim a cada preso recuperado, um bandido a menos na rua.
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