O segundo Encontro continental dos Leigos Missionários Combonianos decorreu de 21 a 25 de Julho de 2014, em Kinshasa (RDC). Estavam presentes: 5 sacerdotes, 2 irmãs, 18 leigos, entre os quais 2 representantes do Comité Central. Os participantes representavam 6 províncias da África francófona e inglesa.
O objectivo desta Assembleia de Kinshasa era estabelecer um plano de acção concreto, partindo das conclusões das assembleias anteriores – a Assembleia Continental de Layibi (2011) e a Assembleia Internacional na Maia (2012) –, sob o tema: “Começar com aquilo que temos e a partir da nossa realidade”.
Tendo em conta os desafios actuais da nossa realidade africana, em que Deus nos chama a viver a nossa vocação como um testemunho do Seu amor, segundo o carisma de São Daniel Comboni, ao serviço da missão, que é dom de Deus, e, após uma reflexão conjunta, tiramos algumas conclusões que permitirão agora a cada província estabelecer um plano de acção. Estas conclusões são:
1. Vocação
Nós encorajamos cada LMC a viver a vocação, de acordo com o já definido em Layibi, a ultrapassar as dificuldades da vida e a manter os diferentes compromissos que temos, enquanto pais, trabalhadores e cristãos, dando assim testemunho da nossa vocação.
Como foi dito na Maia, as comunidades LMC precisam de elaborar processos que permitam o pleno cumprimento da vocação pessoal dos seus membros, ao longo de toda a vida; e de estabelecer um calendário de oração, de retiros, de sacramentos e de revisão de vida comunitária.
Para facilitar um caminho comum da nossa vocação, como Família Internacional de LMC, incentivamos os novos grupos a comunicar regularmente com os Comités Central e Continental para obter ajuda dos responsáveis da coordenação. Acreditamos que isto seja necessário para que se sigam linhas comuns, segundo as directivas internacionais.
2. Relação entre os LMC
O movimento tem uma mesma visão. Todos devem colaborar e trabalhar em conjunto para viver harmoniosamente a vida comunitária.
A fim de facilitar a integração de novos LMC nos grupos LMC locais, temos de reforçar a comunicação e o trabalho em rede entre a equipa coordenadora que envia e a equipa coordenadora que recebe, entre os Comités Central e Continental e os Superiores Provinciais MCCJ.
Para uma plena integração, os novos LMC estão convidados a participar na vida do grupo: na formação permanente, nas assembleias, nos retiros, na contribuição económica, nos processos de administração, etc.
Encorajamos os LMC que trabalham num país onde não existem LMC locais, a promoverem a nossa vocação, formando um grupo local.
3. Formação
Como movimento LMC da África, comprometemo-nos a fazer um caminho formativo conjunto, para seguir Cristo segundo o carisma de São Daniel Comboni, que nos chama a fazer causa comum com os povos aos quais somos enviados.
As decisões tomadas nas assembleias anteriores guiam-nos no percurso formativo, o qual deveria ter em conta os seguintes aspectos:
- As províncias devem colaborar na elaboração dos diferentes programas e subsídios formativos.
- Devemos partilhar os programas e os temas de formação entre as diferentes províncias e o Comité Central.
- Devemos traduzir os documentos da formação nas diversas línguas.
4. Economia
Queremos incluir na nossa vida espiritual a economia pessoal, para viver uma vida fundada na Providência. Neste sentido, pedimos aos grupos para terem em consideração nos seus programas de formação, uma rubrica sobre a relação com o dinheiro, colocando a nossa estabilidade e confiança em Deus.
No processo de chegar a uma autonomia financeira, convidamos os diferentes grupos a formar os seus membros nos diversos aspectos financeiros, tais como: projectos de desenvolvimento baseados nas necessidades locais, angariação de fundos, contabilidade, etc.
Sabendo que pertencemos à família LMC, estamos chamados a ser responsáveis pela sustentabilidade do grupo. Neste sentido, todos os LMC devem contribuir para o fundo local do grupo. Deste fundo local, o grupo deverá, igualmente, dar a sua contribuição para o fundo comum internacional, gerido pelo Comité Central.
Estamos chamados também a animar a Igreja local e a todas as pessoas de boa vontade para colaborarem nas nossas actividades missionárias.
Para chegar à nossa autonomia financeira, convidamos os grupos a iniciarem actividades auto-sustentáveis, geradoras de rendimentos (agricultura, pecuária, farmácia, cinema, centro de fotocópias e internet, artesanato local, conferências, formações, colóquios, animação de eventos, etc.).
Não basta comprometermo-nos nos diversos projectos, devemos também apresentar as contas com transparência (caderno de contas, contas bancárias com mais de uma assinatura, etc.).
5. Organização
5.1 Cada província deve ter:
- Uma equipa coordenadora composta por: um coordenador, um secretário e um tesoureiro. Esta equipa deve enviar relatórios ao Comité Africano e ao Comité Central.
- Uma pessoa responsável pela comunicação (blog, facebook; twitter).
- Uma equipa de formação. Esta equipa deve programar e preparar os temas de formação, assegurar o acompanhamento e a avaliação das formações realizadas.
- Cada grupo deve ter um responsável de formação que trabalhe em rede com os responsáveis nacionais.
5.2 Comité Africano:
- A equipa coordenadora continental é composta por: um coordenador, um secretário e um tesoureiro.
- As suas funções são:
- Assegurar a comunicação com o Comité Central.
- Preparar e convocar os encontros continentais.
- Assegurar a comunicação entre as diversas províncias.
- Fazer com que as decisões tomadas nas diferentes Assembleias sejam postas em prática.