Para que a oração de unidade dos cristãos possa ser uma ocasião para crescer na consciência recíproca e encontrar elementos comuns entre as diversas denominações cristãs que nos incitam a tecer relações mais profundas entre nós e a promover a fraternidade universal, para contribuir para a rea-lização do sonho de Jesus, “que todos sejan um” (Jo 17, 21). Oremos.
Português
Piquiá da Conquista: o trabalho no novo bairro continua a bom ritmo
Aqui está um vídeo publicado por Justiça nos Trilhos onde podemos ver o progresso da luta de uma comunidade simples contra uma grande empresa extractiva.
Uma luta que a família comboniana vem acompanhando há anos.
Também pode ler e ver um vídeo legendado em espanhol em “El País”.
Conselho Geral MCCJ: “Votos de paz e de esperança para o Natal 2022”
«Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo: Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor» (Lc 2, 10-11)
Caríssimos confrades,
Chegue a todos vós e a todas as vossas comunidades votos de paz e de esperança pelo próximo Natal.
Convidamos cada um de vós a fazer ressoar, mais uma vez, na nossa vida e na das nossas comunidades, o anúncio do anjo aos pastores («Paz na terra aos homens do seu agrado» – (Lc 2, 14b), certos de que o anúncio, como o foi para os pastores, seja também para nós capaz de tornar-nos “contemporâneos do evento”. Um evento que nos faça «regressar ao início da nossa existência redimida, a alegria de viver, o gosto do essencial, o sabor das coisas simples, a fonte da paz, a alegria do diálogo, o prazer da colaboração, a vontade do empenho histórico, o assombro da verdadeira liberdade, a ternura da oração» (Don Tonino Bello).
O “não temais” do anjo encoraja-nos também a nós hoje a não recuar diante dos desafios que encontramos no nosso quotidiano. Um quotidiano muitas vezes atormentado por preocupações, do desconforto e da violência – provocados por diversos factores – que corroem em nós a confiança na vida e na esperança de futuro. Todavia, «o crente tem no coração algo que lhe urge, o move, mobiliza todas as suas energias: é a “alegria do evangelho”, a sua novidade incomparável. Quem crê, mesmo na relação com quem é distante, não pode renunciar a comunicar a formidável diferença e excelência, “o mais” e “o além”, que são constitutivos do Evangelho» (Card. Carlo Maria Martini). Por isso, o anúncio da alegria do anjo torna-se um indulto, uma captura do pessimismo, uma trégua nos sofrimentos e desilusões que endurecem o nosso coração, e se transforma numa força irradiadora de confiança no futuro que se regenera na “paciência do presente”, uma paciência capaz de revitalizar o olhar mais autêntico sobre a história. E de interpretar os acontecimentos, colhendo o seu verdadeiro sentido ou, pelo menos, o possível horizonte.
Tal paciência impele-nos a divisar as três dimensões do Natal: a escuta e o diálogo, para alcançar os gemidos dos territórios e das pessoas que neles vivem, e empenhar-se em promover relações e ambientes seguros no presente e no futuro; o acolhimento, como fruto de proximidade, de serviço e de cuidado, tocando as múltiplas feridas das pessoas sofredoras (jovens, migrantes, diferentemente competentes, famílias, vítimas da guerra); e a profecia, para activar processos e antecipar, com propostas significativas e incisivas, a transformação da nossa vida e da vida das pessoas que servimos, como fruto da coragem do dar a vida pelos outros e, sobretudo, para que nós mesmos sejamos apaixonados pela vida.
Dentro de poucos dias inicia em todas as circunscrições o mandato dos novos Conselhos Provinciais. A todos eles enviamos os nossos melhores votos, confiando o seu serviço a Maria, Mãe do Príncipe da Paz e Mãe de todos os povos da terra, para que os acompanhe, sustentando a sua capacidade de interpretar com disponibilidade e gratuidade a confiança que receberam dos confrades das circunscrições.
A todos vós e a todos os membros da inteira Família comboniana, desejamos um feliz Natal e um próspero 2023, para que continue para todos a descoberta da nossa Família como “berço de vida e de fé”, lugar de acolhimento, e fonte de esperança e de paz para toda a humanidade.
Por fim, exortamos todos a implorar com fervor do Príncipe da Paz para que leve consolação a todos os corações feridos, bem como às nações provadas por guerras e crises de todo o género, de modo que todo o homem e mulher possa gozar de uma vida digna e serena.
Bom Natal a todos!
O Conselho Geral