Leigos Missionários Combonianos

Assembleia anual LMC Brasil

LMC BrasilOs LMCs voltam ás origens da própria vocação, atualizam o Diretório e avaliam a caminhada feita ao longo de 2014

“Em breve, quem é o missionário? Resumindo, resumindo, é quem transmite o amor de Deus para que outros se tornem discípulos”. Em ocasião do primeiro dia da assembleia anual, começada no dia 5 de dezembro, os Leigos Missionários Combonianos (LMC) do Brasil tiveram a possibilidade de voltar ás origens da própria vocação refletindo com o Provincial, padre Alcides. Que frisou também a importância da igreja sair ao encontro dos povos e de se perguntar o que é que o Espirito fala hoje diante de uma realidade tão complexa. E o Provincial dos combonianos brasileiros – que citou várias vezes o Concílio Vaticano II e a exortação apostólica do Papa Francisco “A Alegria do Evangelho” – quis lembrar também que “todo mundo é terra de missão e quem salva é Cristo, não é igreja nenhuma”.

Á reunião participaram vários LMCs brasileiros – João, Lourdes, Guilherma, Valdeci, Adélia -, três italianos – Emma, Valentina e Marco – e um paraguaio, Alejo. Pela tarde chegou também o padre Adriano, que foi nomeado representante MCCJ para os leigos.

Outro assunto importante do encontro foi a revisão do Diretório dos LMCs do Brasil, ou seja de um documento que tinha sido escrito quase 20 anos atrás e que estava precisando de uma atualização. Entre as outras coisas, no Diretório está prevista agora a chegada de LMCs do exterior e foram definidas as modalidades de colaboração com as outras Províncias nestes casos.

A reunião, como sempre, foi também a ocasião para conhecer melhor a caminhada que está sendo feita por vários LMCs, no Brasil como em outros Países do mundo: em Moçambique, no Peru, na Rondônia, em Nova Contagem (MG), em Itauna e em outras cidades (Apac). Foi anunciada também a disponibilidade dos LMCs de Moçambique em acolherem a Guilherma, LMC brasileira, já no ano que vem. Entre cânticos e dinâmicas, á tarde foi feito também um relatório sobre a economia dos LMCs.

O encontro foi também uma ocasião para os LMCs compartilharem a caminhada feita ao longo de 2014 de um jeito mais informal, almoçando e jantando juntos na casa comboniana de Nova Contagem. E sábado, dia 6 de dezembro, vai ter o segundo e último dia do encontro, com uma pauta bastante rica: programação para o próximo biênio, relação sobre o encontro da Guatemala e sobre a situação dos leigos em Açailândia (MA), da Adélia, eleição do coordenador dos LMCs do Brasil, reflexão com o psicólogo Richardson e outros encaminhamentos.

LMC Brasil

[Moçambique] Encontro Anual LMC Moçambique 2014

Os Leigos Missionários Combonianos em Moçambique estivemos reunidos de 21 a 23 de novembro no Centro Catequetico de Carapira para o nosso IX Encontro Anual, com o tema “150 anos do Plano de Comboni e os Desafios para os LMC em Moçambique”.

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Iniciamos com um pequeno momento de reflexão, partindo da leitura do texto de Lc 16, 24, destacando a proposta de Cristo, “renuncia a si mesmo”, com um convite para pensarmos quais são as coisas que preciso renunciar de mim mesmo para viver a vocação missionária a qual sou chamado como LMC na realidade onde estamos presentes, meus preconceitos, ideias, pontos de vista, práticas, comportamento, expectativas, etc.

??????????????????????????????? Depois, buscamos identificar quais são os desafios que nos interpelam na realidade em que estamos presentes, apresentando estes a Deus, em forma de preces através da oferta da Makeya, um rito tradicional macua, pedindo a intercessão dos nossos antepassados, os santos da Igreja, e também os missionários e missionárias que já passaram por estas terras moçambicanas e deram a sua vida por este povo.
A seguir, iniciamos os trabalhos, com leitura da ata anterior, avaliação das atividades propostas, relatórios de atividades pessoais e revisão dos temas de formação dos candidatos a LMC.
Encerramos a tarde celebrando a missa com a equipa missionária na casa das irmãs combonianas.
Depois do jantar, estabelecemos quais seriam os temas para a formação permanente dos LMC no próximo ano. Com isso encerramos o 1º dia de trabalhos do nosso Encontro Anual, pedindo a intercessão de Maria, no dia em que a Igreja celebra a sua apresentação.

???????????????????????????????No segundo dia pela manhã, trabalhamos o assunto de economia, apresentando os relatórios económicos, definindo as actividades a realizar, em vias de alcançar o auto sustento do movimento em Moçambique, além de tratar das definições pedidas nos encontros internacionais.
Avaliou-se as atividades de Animação Missionária realizadas durante o ano e pensou-se das atividades futuras. Encerramos o día com a eleição do coordenador e divisão das funções, ficando da seguinte maneira: Flávio, coordenador; Márcia e Ancha, ???????????????????????????????Secretaría e Comunicação; Margarida, Tesoureira; Beatriz, Martinho e Flávio, Formação e Animação Missionária. Concluimos o segundo dia com a missa e após o jantar, uma partilha com a Equipa Missionária do que trabalhamos no encontro, com direito a música, pipoca, bolo, água fresca de arroz…
Na manhã de Domingo, participamos da celebração da missa na comunidade de Carapira, onde, ao final, apresentamos o grupo LMC através do vídeo da comunidade e testemunhos missionários. A seguir, nos reunimos para definir a atividade da Experiência Missionária que acontecerá no mês de dezembro, fazer a foto oficial do encontro, e assim, encerramos com uma oração de agradecimento pelo bom andamento dos trabalhos.

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Em comunhão com todo o movimento, pedimos a Deus que o exemplo de Comboni continue a inspirar sempre a nossa caminhada!???????????????????????????????Estamos juntos! Unidos em oração e na missão!
LMC Moçambique

Uma Igreja pobre para os pobres e o Pacto das Catacumbas

Catacumbas

Uns quarenta bispos que estavam a participar no Concílio Vaticano II reuniram-se nas Catacumbas de Domitilla para uma celebração eucarística, no dia 16 de Novembro de 1965. Depois da celebração, escreveram e assinaram um documento intitulado “Pacto das Catacumbas”, no qual se comprometiam a viver um estilo de vida pobre e a promover uma Igreja “serva e pobre”. Hoje, o papa Francisco insiste ainda sobre a urgência de termos uma “Igreja pobre para os pobres”. De facto, só uma Igreja pobre poderá caminhar com os pobres, fazendo-se voz dos seus direitos negados. Cinquenta anos depois do Pacto das Catacumbas, um grande número de religiosos, religiosas e leigos reuniram-se ontem, dia 16, para celebrar e fazer memória daquele grande evento eclesial.

Quando o Concílio Vaticano II se dirigia para a sua conclusão, no dia 16 de Novembro de 1965, quarenta Padres conciliares reuniram-se nas Catacumbas de Domitilla, em Roma, para uma celebração eucarística, depois da qual produziram um documento que representa um marco importante na vida da Igreja.

No texto, intitulado “Pacto das Catacumbas de Domitilla”, os Pastores comprometeram-se a viver um estilo de vida pobre e a promoverem uma Igreja serva dos pobres. O documento, com uma lucidez incomum, toca as questões mais prementes de então, mas que continuam sendo actuais, apesar da ausência da abordagem de temas como a ecologia e a globalização da guerra e do terrorismo.

Para comemorar o 50º aniversário do evento e do documento, convocados pelos coordenadores de Justiça e Paz dos institutos religiosos, masculinos e femininos, dezenas de religiosas, religiosos e cristãos comprometidos encontraram-se nas Catacumbas de Domitilla para uma celebração litúrgica de duas horas. Num clima de oração e de reflexão, leu-se o texto do Pacto e, em seguida, constituíram-se pequenos grupos, por línguas, para aprofundar a sua actualidade e apresentar algumas sugestões concretas para realizar nas comunidades religiosas de cada um.

Os organizadores expressaram a sua satisfação e reconhecimento pelo facto de o número dos participantes terem excedido as suas espectativas.