Leigos Missionários Combonianos

[Espanha] Actualizando o Plano de Comboni

Encontro da Família Comboniana em Espanha

150 plan de Comboni

Para comemorar o 150º Aniversário do Plano para a Regeneração de África, escrito por S. Daniel Comboni, a família comboniana em Espanha (Missionários Combonianos, Missionárias Combonianas, Missionárias Seculares Combonianas e Leigos Missionários Combonianos), reunir-se-á no fim-de-semana de 5 e 6 de Abril em Madrid.

Será um momento comum de reflexão, oração, convívio e trabalho em torno dos desafios e intuições de Comboni que surgem perante a realidade dos nossos dias.

Este encontro, em moldes de workshops, será animado pelo padre Joaquim Valente, responsável do Studium Combonianum.

Queremos reflectir sobre os desafios que nos apresenta a missão nos dias de hoje relendo o Plano de Comboni utilizando a chave família. Cada vocação específica contribui com nuances que enriquecem esta análise. Comboni já nos criou como Cenáculo de Apóstolos para África, onde religiosos, religiosas, sacerdotes e leigos trabalham juntos, criando uma sinergia que envolve toda a Igreja para lidar com o continente mais abandonado do mundo: África.

Actualmente, como família comboniana, estamos presentes em África, América, Ásia e Europa. Queremos, todos juntos, ser fiéis e actualizar esta chamada missionária que recebemos de Jesus sob o carisma de Comboni.

Na comunhão de uma mesma vocação missionária e comboniana, saudamos com carinho os membros da comissão: Pedro Andrés Miguel (MCCJ), Carmina Ballesteros (MC) e Alberto de la Portilla (LMC).

[Espanha] Somos uma grande família

encuentro LMC diciembre 2013

Durante os dias 6 a 8 de Dezembro, os LMC de Espanha reuniram-se em Madrid para celebrar o encontro anual de Dezembro. Foi uma alegria poder contar com a presença de quase todos. Sem dúvida, somos UMA GRANDE FAMÍLIA. Sem mais papeis, a não ser a Bíblia, e a vontade de nos deixarmos interpelar pelo que a palavra de Deus nos suscita e interpela para a nossa vida, desfrutamos destes dias de encontro, partilhamos desde o fundo do coração, podemos escutar todos os outros e deixamo-nos interpelar. Obrigado a todos por o terem tornado possível, pelas ilusões e sonhos partilhados e pela vontade de seguir a caminhar, e de continuar a apostar na missão.

Isidro Jiménez, coordenador LMC

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Querida família,

Quero dar graças a Deus pelos dias que podemos celebrar e partilhar juntos, como família. Foram uns dias bonitos e cheios de ENCONTROS E REENCONTROS, fruto do Espírito que continua a sonhar connosco, do trabalho silencioso e do bem-fazer. Nestes dias recordava, com muito carinho, aquela citação com que o nosso companheiro comunitário em Arequipa recebeu a nossa comunidade: “Jesus subiu a um monte e chamou a si aqueles que ele quis, os quais vieram para junto dele. Escolheu doze, designando-os apóstolos, para que estivessem com ele, os enviasse a pregar e tivessem autoridade para expulsar demónios. Estes são os doze que ele escolheu: Simão, a quem deu o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais deu o nome de Boanerges, que significa “filhos do trovão”; André; Filipe; Bartolomeu; Mateus; Tomé; Tiago, filho de Alfeu; Tadeu; Simão, o zelote; e Judas Iscariotes, que o traiu.” Mc 3, 13-19. Como se lembrou Jesus de chamar para trabalharem juntos, um pescador, um colector de impostos ou um zelote? Não teria sido mais fácil se todos tivessem a mesma profissão ou fossem todos da mesma zona? E mais uma vez dou graças a Deus, porque nos chama a todos e a cada um pelo seu nome e sonha connosco, individualmente, e também como comunidade, e daí surge sempre algo de novo, diferente e melhor. Um abraço de advento,

Carmen Martín. LMC

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Dou graças pelo “encontro”, palavra que tanto se repetiu na dinâmica dos grupos e que se referia às nossas expectativas para este tempo que passamos juntos. Pessoalmente, não era a minha palavra, porque procurava “abertura de coração”, uma vez que ainda me sentia no passo anterior, para que seja possível o “encontro”. Temos que agradecer ao Miguel, que nos acompanhou durante toda a sexta-feira e sábado, e nos ajudou a reencontrarmos a nossa fonte através da palavra de Deus, de uma maneira simples, abandonando o que está para trás e deixando-nos levar pelo que nos surgia no momento e expressando como isso nos fazia sentir.

Tivemos momentos para partilhar, para nos expressarmos, para nos conhecermos, para nos amarmos, para saber o que precisamos uns dos outros, para ser mais comunidade. E com que prazer se reza depois! Temos que agradecer à Tere, com quem pudemos falar e nos contou, em primeira mão, a realidade que se vive na Republica Centro-africana. Agradecer à Isabel e ao Gonçalo, este último ainda a recuperar do acidente que sofreu no Perú e ela a tentar fazer o trabalho dos dois. Agradecer também ao Xoancar, ainda que não tenhamos falado com ele. Obrigado à Carmen, José e ao pequeno Pablo, que cresceu muito no Perú, que nos falaram do fundo dos seus corações, partilhando connosco a sua vivência naquela terra, à qual estarão eternamente unidos. Obrigado à Carmen Aranda, que parte em nosso nome, não se sabe ainda para onde. E à Palmira, sua companheira de comunidade. E a todos os LMC de outros países que o Alberto sempre nos recorda, que são nossos, e nós deles também. Obrigado a todos aqueles que participaram, e àqueles que não estiveram presentes, que foram muito poucos, muita coragem. Um abraço.

Fátima Verdejo. LMC

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[Gana] Na casa do meu Pai – IMFH

Vamos falar-vos um pouco da instituição “A casa do meu Pai” In my Father’s House (IMFH). É uma organização cuja visão, valores, metas e missão, tem a sua origem, raízes e inspiração na intuição do carisma e espiritualidade de S. Daniel Comboni (Limone, Itália, 1831-Kartum, Sudão, 1881), fundador dos missionários combonianos. O padre Joseph Rabbiosi, sacerdote comboniano, é o fundador da IMFH. O padre Joe, que é como chamamos ao padre Joseph, estava na paróquia de Abor (Gana) e viu a necessidade de ajudar os mais pobres e abandonados: órfãos, doentes, rejeitados… A data oficial da inauguração da casa foi em Setembro de 2000 e esta instituição tem por objectivo ajudar os mais pobres. A IMFH intervém, ou mesmo assume, os cuidados de uma criança quer seja nas suas próprias estruturas ou à distância e visa harmonizar a sua integração. Ela tenta acompanhar a criança e assegurar a continuidade do apoio e crescimento até que ela atinja a sua maturidade e os objectivos desejados. Às crianças é oferecida uma formação integral. São ajudadas a integrar e harmonizar todas as suas actividades e aprendem, tanto na escola, num ambiente académico formal, tanto fora da escola, vivendo e interagindo com a comunidade, com uma vida pessoal e social equilibrada.

No projecto procura-se uma maturidade da criança, que consiste em:

  1. A sua própria meta pessoal: maturidade e confiança em si própria, incluindo a estabilidade económica.
  2. O serviço para a comunidade: terá que desempenhar um papel significativo dentro da comunidade e da sociedade. Devem ser testemunhas dos valores do Evangelho: justiça e amor. Todas as crianças vivem um processo contínuo de conversão pessoal e mudança, a fim de tornarem e serem testemunhas mais autênticas da verdade, da justiça e do amor. Assim, a instituição cuida das crianças a partir do momento em que são aceites pela casa. Vão à escola e recebem cuidados médicos (nalguns casos mais graves têm mesmo que receber intervenção cirúrgica). Recebem também formação moral e cristã para poderem crescer integralmente. Aqueles que continuam os estudos para além do ensino secundário, são enviados para escolas profissionais para que se tornem bons na sua profissão econsigam autonomia económica. O centro não é um “programa de caridade”. A IMFH não se pode substituir aos pais das crianças, apenas ajuda. Por isso, os pais, a família, a comunidade cristã, o povo, as autoridades, as instituições do país… precisam assumir, cada um, as suas responsabilidades e desempenhar as suas funções, logo que estejam em posição de o fazer. O financiamento da IMFH vem sobretudo do exterior, por isso é tão necessário alcançar uma autonomia financeira, de modo a que enquanto instituição comboniana, se alcance o objectivo: “Salvar a África com os africanos”, onde os africanos sejam capazes de cuidar dos seus e deles próprios.

Isto é o que define a IMFH e aquilo que ela espera de todos que beneficiam do projecto. As nossas mãos estão abertas a todos para que nos apoiem. Gostaria de acrescentar que existe um vasto campo de trabalho que abarca muitos outros projectos, tais como:

  1. Bolsas de estudo: a IMFH apoia pessoas necessitadas para continuar os seus estudos e formação.
  2. Programa de caridade: implica algumas doações para algumas pessoas, com regularidade.
  3. Escola especializada para surdos.
  4. Programa sanitário para combater determinadas doenças

São necessários LMC com conhecimentos específicos em várias áreas, especialmente na saúde, pediatria, educação, assistência social, tecnológica… No centro levam-se a cabo alguns projectos para ajudar o seu autofinanciamento económico: aves domésticas, agricultura e suinicultura… Para além disso, a escola tem alguns alunos externos que geram alguma receita.

Como LMC, o nosso principal objectivo aqui, é alcançar o mais rapidamente possível a autonomia (que é um sério objectivo), e atender os milhares de crianças abandonadas que estão ao nosso encargo.

por Justin Nougnui, Coordenador LMC

[Comité Central] Reunião da família comboniana em Roma

Consejos familia comboniana

No passado dia 14 de Dezembro, reuniram-se os conselhos gerais da família comboniana: missionários combonianos, combonianas, seculares e leigos, para juntos, reflectir e estudar caminhos de colaboração.

A reunião foi realizada em casa das missionárias combonianas, em Roma, onde fomos muito bem acolhidos pela respectiva comunidade.

Pela manhã, que foi animada pelas combonianas, estivemos a reflectir sobre Comboni e em oração em torno do tema: “O que nos inspira rumo a um caminho de colaboração como família comboniana?”.

Cada um dos participantes falou acerca desta reflexão, a nível pessoal, a nível dos acordos que foram tomados neste sentido nos diferentes institutos e a nível das linhas e experiências actuais de colaboração.

Este é um desafio que vemos como sendo positivo e reconhecemos como próprio do carisma que nos une, da intuição de Comboni na promoção da missão e da catolicidade na responsabilidade da mesma, unindo e facilitando a colaboração dos diferentes carismas.

Tivemos também um tempo para partilhar o caminho que estamos a fazer ao longo deste ano, preocupações comuns e formas de colaboração.

Terminamos esta bonita jornada, celebrando a eucaristia e rezando por todos os missionários combonianos (sacerdotes, irmãos, irmãs, seculares e leigos), que espalhados por todo o mundo, dão a sua vida pelos “mais pobres e abandonados” como queria Comboni.

Cada passo que damos como família, a favor da missão, nos aproxima e mantém fiéis ao sonho de Comboni.

por Alberto de la Portilla

[Uganda] Feliz Natal desde Aber

Desde Uganda

O Natal é uma presença, uma presença de amor. Este é o estilo que Jesus escolheu para a sua missão, este é o estilo que também é suposto termos na nossa vida como missionários… onde quer que estejamos! Desde que cá chegamos, em Agosto de 2011, sempre tentamos ser uma presença que possa provocar pontos de interrogação na vida das pessoas; é muito difícil dar respostas, por causa das diferenças que existem entre nós, mas pelo menos podemos testemunhar o nosso estilo de ser família, médico, educador, pai, mãe, marido, esposa e cristãos.

Esta é a razão pela qual sempre recusamos fazer grandes projectos, construir grandes estruturas e outras coisas assim. Jesus não veio com dinheiro… ele veio pobre; Jesus não construiu templos… a não ser o templo do Seu corpo. Viver aqui por um longo período de tempo, dá-nos a possibilidade de comparar o nosso estilo de vida com o estilo de algumas ONG’s… para nós, não temos qualquer tarefa a atingir, podemos simplesmente fazer o nosso trabalho e viver a nossa vida o melhor que podemos. Se tivéssemos que avaliar a vida de Jesus, considerando os resultados que Ele obteve, poderíamos dizer que Ele falhou. Mas sabemos que não é bem assim.

Da mesma forma, não é bom verificar que no hospital as enfermeiras continuam preguiçosas, apesar de Maria Grazie tentar fazê-las compreender que deveriam ser mais empenhadas para o bem dos pacientes, ou não é nada gratificante quando se programa um encontro de justiça e paz e ninguém aparece… mas temos a certeza que esta é a forma correcta de estar presente no meio deste povo.

Assim, independentemente do sítio que estejas a viver neste momento, desejamos que sejas uma presença de amor para as pessoas que te rodeiam. Não te preocupes com os resultados que irás obter, mas tenta apenas dar o teu melhor, seguindo o plano que Deus preparou para ti… da mesma maneira Jesus tentou (e com sucesso) fazer a vontade do Pai!

Precisamos sentir presenças de amor à nossa volta. Nós fomos chamados para ser presenças de amor no meio das pessoas.

Feliz Natal desde Aber

 

por Marco Piccione (LMC Itália)