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Introdução: Plano para a Regeneração da África

Comboni

Objetivo:

Comparar o Plano para a Regeneração da África com o documento sobre a Metodologia Missionária da Província Espanhola e as nossas experiências de presença na missão, de maneira que, esta comparação, nos ajude a nos posicionarmos.

Introdução:

Neste tema vamos começar a ler e a reflectir sobre o modo como Comboni pensou que tinha de ser a evangelização da África. Vamos também ver como é que os missionários combonianos o estão a realizar e como os leigos missionários combonianos desenvolvem a sua vocação missionária comboniana.

Antes de começar, convidámos-te a escutar a canção:

PLANO PARA A REGENERAÇÃO DA ÁFRICA

Comboni tem a certeza que o Plano que ele escreve para a Regeneração da África, é fruto da inspiração de Deus:

No ano de 1864, quando me encontrava em Roma, e na Basílica de S. Pedro assistia à beatificação de Margarida Maria Alacoque, como um relâmpago, iluminou-me a ideia de propor para a cristianização dos pobres povos negros um novo plano, cujos diferentes pontos me vieram do alto como uma inspiração.”
“O que tenho a certeza é que o «Plano» é da vontade de Deus; Deus quere-o para preparar outras obras para a sua Glória”. 
“O Plano, que concebemos no momento de mais calorosos suspiros por aquelas desventuradas regiões, leva à sua realização prática, se não tem a vantagem de alcançar o objectivo com a rapidez com que noutras missões os operários apostólicos colhem os frutos do seu suor, certamente tem uma indefectível orientação para o mesmo; e, na sua realização, não seria senão encurtar os dias que Deus… enumerou para o alcançar”.

Este Plano de Daniel Comboni obteve, de seguida, a aprovação de Pio IX que o remeteu à Sagrada
Congregação da Propaganda Fide. Traduziu-se em várias línguas e fizeram-se, dele, várias edições.
Na base deste Plano estava a ideia de dar à missão dos povos da África central uma estrutura mais estável e firme.

Principais conteúdos do Plano

A missão é vista pelo prisma da Fé e desde o considerar toda a humanidade como família de Deus onde todos temos o mesmo Pai. Portanto, o africano tinha de ser considerado como um irmão: um igual a quem amar.

O cristão, acostumado a julgar as coisas à luz da Fé, olha a África não apenas do ponto de vista dos interesses humanos, mas com a luz pura da Fé e vislumbra aí uma multidão de irmãos pertencentes à mesma família: que têm o mesmo Pai do Céu e que estão, aqui em baixo, submetidos ao jugo de Satanás e, na economia diária da Sabedoria divina, vêm-se na borda do mais horrendo precipício. Então, o cristão, transportado pelo ímpeto da caridade que se incendiou com a chama divina no Gólgota e saiu do lado de um Crucificado para abraçar toda a família humana, sente que o seu coração bate mais acelerado; uma força divina o leva aquelas terras solitárias para estreitar entre os seus braços e dar um beijo de paz e amor aqueles infelices irmãos sobre os quais parece ainda pesar tremendamente a maldição de Canaã.”

A metodologia do Plano não é sinónima de eficácia imediata. Ao contrário, é um processo longo e difícil… onde os frutos se colhem só passado muito tempo e muitas dificuldades

“Ao traduzir-se na prática, não tendo a vantagem de atingir o objectivo com a mesma rapidez com que, noutras missões, os operários evangélicos recolhem os frutos do seu suor, tem certamente um desenvolvimento muito superior face a elas.”

O eixo central do Plano de Comboni sempre foi: “Salvar África com África”.

“De cada um destes Institutos que rodearam o continente africano, formaram-se outras tantas comunidades masculinas e femininas destinadas a transplantar-se gradualmente para as regiões da África Central, de modo a iniciar e estabelecer aí a obra salvadora do catolicismo e instalar centros missionários que irradiem a luz da religião e da civilização…

Do grupo dos catequistas constituído pelos jovens negros sairão os candidatos que mais se destacarem pela sua piedade e ciência e nos quais se descubra uma eventual inclinação para o estado eclesiástico e, neste caso, se destinarão ao exercício do ministério divino…
Do mesmo modo, com as jovens negras que não aspirem ao matrimónio, se formará uma comunidade de “virgens da caridade”, constituída pelas jovens que se distingam pela sua piedade e conhecimento prático do catecismo, das línguas e dos trabalhos domésticos…

Para cultivar os talentos mais evidentes do grupo dos missionários indígenas para formá-los como hábeis e instruídos chefes das comunidades cristãs do interior da África, a sociedade destinada a realizar e gerir um novo projeto, de acordo com os progressos da obra, poderão estabelecer quatro grandes universidades teológico-científicas nos quatro pontos mais importantes da África”.